As composições para as eleições de outubro ainda não estão definidas, mas já dá para se ter noção de quem caminhará junto na disputa. Mas, antes do início da campanha oficial, os ataques entre os concorrentes já começaram nas redes sociais.
No ambiente virtual, o jogo não fica restrito somente aos debates e conversas de botequim. Publicações em grupos \”apolíticos\” de WhatsApp e Facebook surgem para minar os adversários e impressionar o eleitor.
Circula nas redes imagem dos aliados de (PR) que serão o calcanhar de Aquiles do ex-secretário de saúde. Aparecem na montagem o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), o deputado federal Rôney Nemer (PP) e a distrital Celina Leão (PP).
Em comum, os quatro, além de serem aliados de Frejat, carregam o peso de serem acusados de envolvimento em esquemas de corrupção marcantes para os brasilienses. Episódios que, certamente, serão massificados para os eleitores nos próximos dias.
Esta será a linha dos adversários para desconstruir a imagem de Frejat, que, até agora, lidera as pesquisas de intenção de votos para governador.
Também servirá para a formação de outras alianças que dizem não admitir \”fichas-sujas\” em suas chapas. Pelo menos é o que declaram pré-candidatos como Eliana Pedrosa (Pros), (PSDB) e (PDT). Todos foram cortejados por Frejat, mas devem seguir outros caminhos para não se tornarem “farinha do mesmo saco”.
Até o momento, oito legendas lançaram pré-candidaturas. Dessas, apenas três do campo político do atual governador. Além dele, Peniel Pacheco (PDT) e Fátima Sousa (PSol), que teoricamente está mais à esquerda do que os demais.
(PSB) ainda sonha em se aproximar dos pedetistas e assim ser o único candidato de centro-esquerda. Ele conta com articulação nacional para essa costura. Para isso, o PSB precisaria se aliar ao PDT na campanha do presidenciável Ciro Gomes.
Enquanto isso, a direita pulveriza seus votos entre cinco fortes opções, o que pode facilitar a trajetória de Rollemberg para chegar ao segundo turno.
Outro fator que pode ajudar o projeto de reeleição será a abstenção. Na eleição extemporânea em Tocantins, realizada em junho, quase 50% dos eleitores não compareceram às urnas ou votaram branco/nulo.
Nesse momento a máquina pública pode fazer a diferença. Afinal, nenhum cabo eleitoral ocupante de cargo comissionado deixará de votar em Rollemberg para não perder a boquinha.
Ou seja, caso o fenômeno de Tocantins se repita em Brasília, os oito candidatos disputarão somente a metade dos eleitores. E uma alta abstenção tende a favorecer Rollemberg.