Superar dificuldades é uma das especialidades da ex-jogadora de vôlei e agora candidata a deputada distrital Marta Cléria Lima (PSB). Mesmo sendo atleta de alto rendimento, os maiores desafios de sua vida foram dois tratamentos contra o câncer – um de mama e outro no cérebro. Ela acredita que construiu essas vitórias com a ajuda de um time de familiares e médicos assistido por médiuns e espíritos desencarnados que trabalham do terreiro Xangô Quatro Luas, em Vicente Pires.
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Marta nasceu em Taguatinga em 1964 e há 18 anos dedica boa parte do seu tempo na defesa da cidade natal, como líder comunitária dos setores QSB e CSB, onde mora e mantém um pequeno comércio. Já integrou os Conselhos do Orçamento Participativo e de Segurança. Neste, liderou o combate ao crack em Taguatinga. Atualmente, faz parte do Conselho Nacional do Esporte (CNE).
Ela tem uma preocupação especial com a preservação da natureza – é uma das maiores defensoras do Parque Saburo Onoyama – e, principalmente, com o cumprimento do Artigo 5 da Constituição Federal e dos Artigos 18 a 20 da Declaração dos Direitos Humanos, que tratam do direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
Durante sua campanha, organizou duas plenárias para debater o assunto com candidatos majoritários ao Senado e ao GDF. O primeiro encontro foi com os petistas Agnelo Queiroz e Geraldo Magela, no Teatro Dulcina. O outro, na Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), teve a presença do vice na chapa de Rodrigo Rollemberg (PSB), Renato Santana (PSD). O candidato ao Senado, Reguffe (PDT) justificou a ausência por estar internado devido a uma intoxicação alimentar.
“As mais de 400 pessoas dos povos de terreiros que participaram dos eventos se sentiram mais contempladas pelas propostas do Renato Santana”, diz ela. Segundo Marta, houve um constrangimento com a equipe de Agnelo, que interrompeu os ogãs que tocavam atabaques para executar o jingle de campanha do candidato à reeleição. Magela se retirou do recinto antes do debate começar.
Entre os questionamentos feitos a Agnelo estavam a legalização das áreas para terreiros. “A Agefis está derrubando terreiros e cobrando propina para que os terreiros possam continuar exercendo suas atividades”, denuncia.
Ela alega que o repasse de verbas no final de ano aos terreiros é inferior aos feitos às igrejas evangélicas e a católicas. “Isto denota uma discriminação ao nosso segmento e é um dos motivos da minha candidatura. A religião, independentemente de qual seja, tem que ser respeitada”.
“O governo gasta R$ 2 milhões com a festa de Pentecotes, R$ 1,5 milhão com o Dia dos Evangélicos e R$ 300 mil para a Prainha, que leva mais de 1 milhão de pessoas no final de ano”.
Esporte
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Ex-atleta do Sesi de Taguatinga, Marta defende a prática de Educação Física nas escolas de Ensino Fundamental. Ela critica a promulgação da lei, em abril, que acaba com a prática da Educação Física nas escolas e cria a função “monitor escolar” para dar a disciplina no contraturno.
Marta quer reativar os Clubes Primavera e do Servidor Público. Pretende fazer um Centro de Treinamento para o esporte de base, onde, de segunda a sexta, seja para as crianças de rua e, no final de semana, para os associados. O atual albergue, no Areal, pelos planos de Marta será transformado em um núcleo da UnB e em um ginásio de esportes.