Ibaneis Rocha (MDB) reassumiu o GDF na quarta-feira (15), após 66 dias afastado, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O próprio magistrado do STF entende, agora, que o governador não é empecilho às investigações dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. A decisão seguiu parecer da Procuradoria Geral da República.
A defesa de Ibaneis sustentou no processo que ele, “em nenhum momento”, obstruiu o trabalho das demais autoridades ou facilitou a invasão de prédios públicos. ”Os relatórios de análise da Polícia Judiciária relativos ao investigado não trazem indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências, fato também ressaltado pela defesa e pela PGR”, despachou Moraes.
E completou: “O momento atual da investigação – após a realização de diversas diligências e laudos – não mais revela a adequação e a necessidade da manutenção da medida, pois não se vislumbra, atualmente, risco de que o retorno à função pública do investigado Ibaneis Rocha de Barros Júnior possa comprometer a presente investigação ou resultar na reiteração das infrações penais investigadas”.