O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que havia sido desativado pelo governo Bolsonaro, retomou os trabalhos na terça-feira (28), após o presidente Lula reempossar seus membros. A plenária seguiu até quinta-feira (2).
Yanomami
E já na primeira reunião os representantes do poder público e os integrantes do Consea testemunharam o depoimento de Maurício Ye’kwana, diretor da Hutukara Associação Yanomami, que mostrou os impactos da invasão do garimpo ilegal na terra indígena.
Tragédia
“A gente já vinha denunciando, há muito tempo. Essa tragédia humanitária já tinha sido anunciada há muito tempo e se agravou durante os últimos sete anos”, reiterou Joênia Wapichana, presidente da Funai. Segundo ela, os Yanomami denunciaram a invasão, os ataques e a destruição do meio ambiente. “Não foi surpresa”, definiu.
Desafio
Marivaldo Pereira, secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça que apenas na sua pasta foram identificados mais de 50 pedidos de ajuda dos Yanomami, de parlamentares e de organizações. “O próximo desafio, após concluir a expulsão do garimpo ilegal da área, é garantir que ele não volte, e isso acontece com a presença do Estado”, disse Marivaldo.
Síntese
No encerramento da plenária foi apresentada a síntese do trabalho do grupo, que também tem como tarefa a convocação da VI Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) e a aprovação do calendário de plenárias para este ano, que acontecerão a cada dois meses.