A um dia do vestibular, alguns dos interessados em uma vaga na Universidade de Brasília (UnB) sofrem com a incerteza. Mesmo com a comprovação de que fizeram o upload do certificado de conclusão do ensino médio à ficha de inscrição, eles tiveram o cadastro cancelado. Outros reclamam que nem sequer conseguiram concluir o registro. Alguns candidatos vão recorrer à Justiça para fazer a prova amanhã. Segundo o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), que organiza a avaliação, não foi registrada nenhuma falha no sistema e os candidatos que têm a comprovação de que anexaram o documento à inscrição podem comparecer ao centro hoje para regularizar a situação.
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Em 1º de junho, foi divulgado na página da banca organizadora o Edital nº 10. O documento informa que “o candidato com pendência quanto ao envio do comprovante de escolaridade deverá, no período das 10h do dia 3 de junho de 2015 às 18h do dia 5 de junho, anexá-lo por meio de um link específico”. O texto ainda abre a possibilidade de entrega do comprovante na Central de Atendimento do Cespe, também nessas datas. No entanto, alguns dos candidatos que tentaram entregar a papelada receberam a resposta de que a inscrição havia sido cancelada. Na última quarta-feira, uma fila se formou na central de atendimento, segundo pais e estudantes.
Entre os prejudicados está Gabriel Tobias Mariense, 17 anos. Ele fez a inscrição no site do Cespe dentro do prazo e, ao concluir o cadastro, recebeu uma mensagem confirmando o upload do comprovante de declaração. Pagou o boleto, mas, quando foi conferir o número da inscrição, ela havia sido cancelada. “Descobrimos em 25 de maio. Abri um protocolo de reclamação, mas o Cespe nunca respondeu. Quarta-feira, fomos ao Cespe, depois de ver o Edital nº 10, mas eles ignoram a existência do documento que eles mesmos publicaram”, afirmou Fernando de Aveline Mariense, 52, pai do estudante, que estava acompanhado da mulher, Silvete, quando deixou o filho no cursinho ontem.
O jovem se formou no ensino médio em 2014 e, há dois anos, faz cursos preparatórios para tentar a aprovação em medicina. “Nós o deixamos no cursinho às 7h e o pegamos às 21h. São 14 horas de estudo por dia. Não é só o investimento, mas o prejuízo psicológico que tem provocado no meu filho. Vamos entrar na Justiça para que ele faça a prova”, completou Fernando. Ontem, Gabriel passou o dia estudando com a esperança de fazer o vestibular amanhã.
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