José Matos
Victor Frankl, psiquiatra e sobrevivente dos campos de concentração nazista, em seu livro “Em busca de sentido”, ensina que só sobreviveram aqueles que desejavam encontrar as pessoas amadas ou que tinham um ideal a realizar. No caso dele, o ideal era escrever sobre os horrores nazistas.
Além de superar a tentação pelo suicídio ou se entregar à morte, Dr. Victor desenvolveu a técnica de superação de traumas profundos, conhecida como logoterapia, e dedicou o resto da sua vida a ajudar traumatizados e ensinar sua técnica. Viveu 90 anos.
Vivemos uma época de pessoas psiquicamente muito frágeis, criadas com muitas facilidades e com baixa resistência a frustrações, decepções e derrotas. Por não serem ensinadas sobre a transcendência da vida e estimuladas ao enfrentamento das dificuldades com determinação, desistem, com muita facilidade, até por questões simples, tais como: desilusão amorosa, perda de emprego ou um simples bulling.
Chico Xavier, o médium que foi criado durante certo tempo sob torturas e espancamentos, dizia: “Jamais aceitaria voltar e ser criado passando pelo que passei, mas também não aceitaria a criação de pais que não me corrigissem”.
Carinho, diálogo e energia, quando necessária, é a indicação para a criação de pessoas afetivas, democráticas e firmes. Como ensinou o psicólogo americano Carl Rogers: “abordagem centrada na pessoa; abordagem que leve a pessoa à reflexão e à descoberta por si. Como dizia o filósofo Sócrates: “Eu sou apenas uma parteira”.
Além da baixa resistência a perdas, percebida nos jovens de hoje, há também o vazio existencial, principalmente para os que receberam muito, que em algum momento, deprimem-se, e muitos suicidam-se por não se satisfazerem somente com o preenchimento material, embora falte-lhes o discernimento para entenderem que sem o preenchimento espiritual, que leva à transcendência, à visão de continuidade da vida, ela não tem sentido.
Busque. Encontre o conteúdo espiritual lógico, adequado. Encontre um lugar em que se sinta acolhido e seja feliz e pleno.