Se você der alguma coisa a um necessitado, talvez não o mude. Mas o gesto de ter partilhado mudará você. Você fez o que pôde. E isto é que é importante
José Matos
Viemos à Terra para cumprir uma série de tarefas e ter um aprendizado, principalmente em amor e sabedoria, como ensinou Emmanuel. No livro “Políticos e Líderes Religiosos”, o mestre indiano Osho, considerado por muitos como o maior Mestre do Século XX, nos brinda com estas pérolas:
“Quando você encontrar um necessitado, seja sensível, partilhe o que puder partilhar e não se atormente se ele vai ou não permanecer necessitado; se ele vai ou não lhe agradecer. Tente entender: a mente interfere sempre que o coração sente amor”.
E diz: “o que acontecerá? Ele continuará a ser um necessitado. Se você der ouvidos, você perdeu a oportunidade de fazer o amor fluir. A questão não é ele. A questão é você e seu coração; não tente dizer que é o carma dele; que é a sociedade. Se você der alguma coisa, talvez não o mude, mas o próprio gesto de ter partilhado mudará você, você fez o que pôde e isto é que é importante”.
Você fez o que pôde. Mas, lembre-se: não há nenhuma recompensa por isso. Se você tirar alguém que está se afogando de um poço, isso será uma grande alegria. Que mais recompensa você quer? Você salvou uma vida; deveria estar imensamente feliz.
A recompensa é o ato em si. Você é uma pequena parte do todo, e o que quer que faça pode não mudar a situação, mas mudará você”. E como disse Madre Tereza: “no final, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros”.
E acrescenta: “O que eu faço é uma gota d’agua no oceano, mas sem ela o oceano seria menor”. Ou ainda, como dizia Chico Xavier: “Eu sou uma pessoa que joga água para apagar um incêndio enquanto o Corpo de Bombeiros não chega”.
Osho imaginava um mundo de tanta solidariedade que não precisasse de ‘Madres Terezas’. De modo semelhante imaginava Luther King. E também Jesus, quando dizia: “Meu reino não é deste mundo. Amem-se como eu vos amei. Esta é a revolução do coração”.