Oito dias após o Centro de Ensino Fundamental 33 de Ceilândia ser invadido, depredado e pichado com ameaças de morte à diretora e ao vice-diretor, as aulas voltaram ao normal, ontem, com reforço no policiamento. Uma viatura do 1º Batalhão Escolar (BPEsc) estava estacionada em frente à instituição e quatro militares faziam a segurança. Nenhuma medida extraordinária será tomada pela Secretaria de Educação (SEDF) para as escolas da região, que, como o Correio mostrou em reportagens publicadas em maio, estão à mercê de traficantes. Os bandidos chegaram a controlar até mesmo a entrada e a saída de pessoas em um colégio.
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Por meio de Assessoria de Imprensa, a pasta informou que o Projeto Político Pedagógico já está em andamento nas escolas e propõe que conteúdos como violência, drogas, cidadania e direitos humanos, entre outros, sejam trabalhados em sala de aula. A secretaria ressaltou ainda a parceria com o BPesc. Atualmente, a corporação faz rondas preventivas até as 18h30 e visitas educativas às escolas. No período noturno, as viaturas da PM ficam nas proximidades das instituições. Quanto ao caso da invasão e das ameaças aos docentes, a SEDF disse apenas que o fato é investigado pelas instâncias policiais.
A diretora do CEF 33, em um primeiro momento, pediu dispensa do cargo e remanejamento para outra região, mas ainda não entregou a resposta final à Regional de Ensino. O vice-diretor continua no cargo, mas, de acordo com funcionários da unidade de ensino, está de férias e estuda pedir transferência.
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