O Ano Novo mal começou, mas continuamos a funcionar como se estivéssemos em 2024. Não deixamos para trás o ano passado, o que nos leva a tentar entender como o mundo gira – que nem a Lusitana – mas o planeta não roda.
Não sei o que os canadenses acham de se tornarem o 51° Estado da América, apesar de os analistas dizerem que é apenas deboche, chacota ou o que se escolha para definir a tagarelice. Afinal, dizem eles, pra quê anexar um país que tem votado sistematicamente contra os conservadores? Não seria bom pros republicanos.
Daí, procurei alguns mineiros para saber o que eles achavam da Teoria Geral da Anexação. (Tudo a ver com a opinião deles sobre o assunto, pois alguns vivem pedindo um pedaço do Espírito Santo para ter uma praia – desculpem o bordão! – pra chamar de sua. O exemplo do Síndico poderia ser um bom estímulo para impulsionar o viés expansionista das Gerais. Mesmo de mentirinha.)
Pra quê?, me argumenta uma mineira: já temos o litoral capixaba nas férias, e até uma praia chamada Mineiros. Qual a graça de incorporar a terra dos outros? O que me leva ao antigo slogan que Magalhães Pinto usava em seu governo: – Minas trabalha em silêncio. Parece mais inteligente do que provocar vizinhos com chistes.
E repetir o chiste, para que, daqui a pouco, ele se transforme numa verdade verdadeira que todos irão abraçar como coisa séria. Tudo o que começa como um chiste se transforma, de tanta repetição, num projétil de efeito retardado (!) para que, logo logo, conquiste (outro chavão!) corações e mentes na empreitada.