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Cidades

A manicure do século 21

  • Ana Luisa Araujo
  • 14/06/2025
  • 13:00

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Thiago e a esposa Carla têm um estúdio na Ceilândia e oferecem serviços para unhas — Foto: Antônio Sabino/BSB Capital

“Você não precisa fazer o que ama, mas precisa sempre fazer tudo com muito amor, e isso vai dar certo na sua vida”. As palavras são de Thiago Silva, 39 anos, nail designer (designer de unhas, em tradução livre), que, ao lado da esposa Carla Martins, 39 anos, forma o “Casal Nails”. A dupla deixou para trás a rotina de professores de Educação Física e se tornaram empreendedores da beleza. Em alusão ao Dia da Manicure, comemorado neste sábado (14), o Brasília Capital inaugura uma série de reportagens sobre como milhões de brasileiros têm aproveitado o avanço da tecnologia para reinventar profissões antes vistas como dispensáveis ou ultrapassadas.

Thiago Silva: “O naildesigner, o desenhista das unhas, projeta unhas artificiais sobre a unha natural, dando tamanho, formato e nailart, ou seja, é um trabalho artístico sobre a unha natural”

Revolução no mercado da beleza

Quando passou a investir no ramo da beleza, em 2019, Thiago percebeu uma verdadeira revolução: novos produtos, equipamentos mais potentes e técnicas cada vez mais refinadas elevaram o nível da profissão. “O micromotor, por exemplo, antes era fraco e trepidava demais. Hoje temos máquinas potentes, com tecnologia de ponta. Até as cabines de secagem evoluíram, passando das lâmpadas convencionais para o LED, mais seguro e eficaz para as clientes”, compara.

Segundo ele, a figura da “menina que tira cutícula” dá lugar à de uma especialista capacitada. “Hoje, as manicures estudam, fazem cursos, se atualizam. A profissão ganhou mais respeito e visibilidade. E nós nos tornamos instrutores, ajudando a formar novos profissionais com excelência”, afirma Thiago.

Enquanto um(a) manicure tradicional se dedica à retirada de cutícula e à esmaltação da unha natural, o(a) nail designer projeta unhas artificiais, com tamanhos, formatos e artes personalizados. “É um trabalho artístico sobre a unha natural. Uma forma de expressão que vai além da estética. É identidade”, diz.

Thiago ressalta, ainda, que o gosto das clientes muda com frequência, assim como a evolução dos equipamentos que utiliza. “A cada estação tem uma tendência nova. Mas há estilos que nunca saem de moda, como a francesinha ou o vermelho. Nosso papel é estar preparados para todas elas”.

TECNOLOGIA COMO ALIADA — Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que o mercado da beleza está aquecido. No DF, o setor movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão por ano e conta com mais de 70 mil profissionais, a maioria microempreendedores individuais (MEIs).

É o caso de Caroline Holanda, 31 anos, nail designer que viu o negócio como oportunidade financeira e hoje se dedica também a ajudar outras mulheres. “Eu já era cliente na época e, durante um atendimento, comecei a fazer cálculos. Vi que era uma profissão lucrativa e agarrei a chance. E mais do que isso, ajudar outras mulheres a viverem o que eu estava conquistando. Isso se tornou um propósito: ser uma mulher que levanta outras mulheres”, pontua, mencionando a formação de novas profissionais como “missão de vida”.

Caroline Holanda: “O ideal é ser uma profissional completa: que entende de saúde das unhas, sabe fazer um bom acabamento e, ao mesmo tempo, domina técnicas modernas que o mercado exige”

Para ela, a tecnologia é uma aliada. “A cabine UV (ultravioleta), por exemplo, é uma das grandes inovações. Trouxe agilidade e excelência para o nosso trabalho e, para as clientes, mais praticidade e beleza”, garante. Além disso, Caroline celebra que as novas ferramentas agregam valor ao serviço.

“Conquistei uma média de ganho superior a quatro salários mínimos. Mas ainda falta valorização proporcional ao impacto que causamos. Somos profissionais que transformam vidas e famílias, que geram empregos”.

Caroline Holanda: “Hoje, nós, manicures e nail designers, podemos ser referência, mostrar a força da nossa profissão e conquistar uma média de ganho superior a quatro salários mínimos”

INTERNET — Juliana Pinheiro, 27 anos, conhecida como ‘Oi Braba’, revela um motivo diferente para adentrar no universo das unhas: estava cansada de pagar caro por serviços “sem personalidade” e “muito parecidos”. Foi aí que se inspirou no que via na internet. “O que me motivou foi a possibilidade do novo e de poder criar meu filho, que tinha problemas de saúde na época, com mais tempo”, lembra.

Juliana Pinheiro: “Acredito que por ser uma profissão considerada feminina ou por não estar ligada à matemática ou à saúde, sempre vai ser desvalorizada no mundo que estamos, mas vejo uma enorme diferença desde de 2018, ano que comecei a atender”

De lá pra cá, Juliana percebeu transformações importantes no modo como as profissionais se posicionam. Para ela, a principal delas foi a consciência de que é possível imprimir identidade no próprio trabalho, ao mesmo tempo em que busca valorização. “Sinto que elas estão encontrando seu próprio estilo e entendendo que nosso trabalho tem que ser respeitado”, acredita.

A profissional, que já chegou a fazer a unha da cantora Marina Sena, assegura não se importar de ser chamada de manicure. “Não somos uma categoria diferente, só oferecemos serviços diferentes”.

Juliana Pinheiro: “A tendência mais pedida são as nail arts pintadas à mão, hoje 95% do meu público faz unhas decoradas com pinturas, esculturas e esmaltes com efeitos especiais”

Fazer cursos e se manter atualizada sobre as últimas novidades do mercado é essencial, na avaliação de Juliana. “Estamos responsáveis pela autoestima e saúde do cliente. Temos que nos capacitar da maneira certa. As pessoas estão entendendo que investimos tempo, conhecimento e dinheiro para entregar um serviço de qualidade”, considera. Ela avalia que, atualmente, 95% da clientela opta por unhas decoradas com pinturas, esculturas e esmaltes de efeitos especiais.

FALTA INCENTIVO — Mesmo em franco crescimento e com uma demanda cada vez maior, a escassez de políticas públicas, como cursos gratuitos, regulamentações específicas e linhas de crédito, ainda são desafios para quem investe nesse ramo. “Precisamos de mais apoio. Seria uma forma de reconhecer, de fato, a importância da nossa profissão na sociedade”, cobra Thiago Silva.

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