É difícil entender como prédios e lotes podem se tornar, de uma hora pra outra, em viveiros de bichos peçonhentos. Mas acontece. Está acontecendo em Águas Claras.
Não estivessem as autoridades tão ocupadas com os problemas causados por outras coisas peçonhentas – pandemias, por exemplo – e deveria a comunidade espernear defronte dos prédios públicos.
Só que são prédios e lotes particulares que, depois de receberem o aval para construir ou preservar, foram abandonados e deixaram um rastro de sujeira que pode causar problemas de saúde: culpa de alguns evitáveis descuidos (para usar uma palavra comedida e apaziguadora).
No meio desse desarranjo, há casos de falência, negócios mal conduzidos, ou simples negligência: o dono do imóvel não está nem aí para as consequências do abandono.
Neste caso, fosse a sujeira provocada por algum vizinho do proprietário, e lá estaria ele reivindicando que não se pode deixar um lote ao deus-dará.
No caso das empresas responsáveis pelos prédios, é bom lembrar que deus-mercado não gosta de ver sua imagem arranhada pela incúria de coleguinhas.