Você conhece alguma pessoa que perdeu a mais bonita, ousada e inovadora (há controvérsias!) cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.
Aconteceu de alguém cochilar durante o tempo contado em horas a passagem de barcos, espetáculos musicais, dança, paisagens de cartões postais.
Da mesma forma, aconteceu de espectadores dormirem durante o trajeto.
Consideraram perda de tempo ficar olhando o que os organizadores do show prepararam para acontecer na superfície e à beira do Sena, envolvendo artistas, desportistas, espectadores, autoridades e chuva na moleira.
E houve quem associasse o evento à política. Nada mais justo, pois ainda não inventaram uma atividade que juntasse mais de dez pessoas e não se transformasse em comício de views (?!) nas redes.
Só que faltou lembrar aos influencers (?) de hoje as Olimpíadas de 1936. Aquela comandada pelos nazistas de plantão, seguidores de um sujeito de bigode que subordinou às crenças do Terceiro Reich a lei, a educação, a cultura e o que visse pela frente.
Mas houve gente que entendeu as mensagens cantando a liberdade, a igualdade.
E, pra sustentar o desafio, ainda acrescentou a fraternidade (sem controvérsias).
Toda essa gente estava dormindo, cochilando ou acordando. Ainda bem.