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colaboradores, Política

A extrema-direita cresce?

  • Júlio Miragaya
  • 11/06/2024
  • 09:01

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Foto: reprodução

Nos últimos dias, três dos principais países “emergentes” (Índia, África do Sul e México) e os 27 países da União Europeia realizaram eleições gerais. E os resultados jogam água fria na tese de que a extrema-direita domina o cenário político. Na Índia, a Aliança Democrática Nacional, capitaneada pelo Bharatiya Janata Party (BJP), de Narenda Modi, que governa nos últimos dez anos, embora tenha mantido a maioria parlamentar, sofreu uma queda, obtendo 42,8% dos votos e perdendo 60 cadeiras (de 353 para 293). Já a coligação Aliança Nacional Indiana para o Desenvolvimento Inclusivo, liderada pelo Congresso Nacional Indiano, obteve 40,7% dos votos e dobrou a bancada de 120 para 234 cadeiras. Os demais partidos perderam 54 assentos.

O BJP, com 240 cadeiras, dependerá do apoio de partidos de sua coligação para governar a Índia, e muitos deles são contrários ao neoliberalismo de Modi (privatizações, Estado mínimo) e ao seu apelativo discurso religioso, islamofóbico. Modi foi amplamente derrotado na maioria dos principais estados indianos, onde se concentram as maiores metrópoles do país – Maharashtra (Mumbai ou Bombaim), Bengala Ocidental (Calcutá), Tâmil Nadu (Chennai ou Madras), Telangana (Hyderabad) – e Utar Pradesh, o mais populoso (237 milhões de habitantes). Na Índia, a economia vai bem, mas o social vai muito mal.

Na África do Sul, o governista Congresso Nacional Africano, do presidente Cyril Ramaphosa (que elegeu Mandela em 1994), também retroagiu substantivamente. O CNA, que já teve 66% dos votos sul-africanos, havia caído para 57,5% em 2019 e agora despencou para 40,2%. Perdeu 71 cadeiras (de 230 para 159 assentos). A perda se deu para o novo MK, de Jacob Zuma (ex-presidente pelo CNA, que obteve 14,6% dos votos e 58 cadeiras) e para a Aliança Democrática, da direita liberal (21,8% e 87 assentos). O “Combatentes pela Liberdade Econômica” (ETF), de Julius Malena, de esquerda, com 9,5% dos votos, obteve 39 assentos.

Nos 30 anos de governo do CNA, a economia sul-africana teve desempenho sofrível. A outrora maior economia africana foi ultrapassada pela Nigéria e pelo Egito. Ademais, os problemas sociais só têm se agravado e a concentração da renda e da riqueza é uma das 5 piores do planeta, tão ou mais concentrada nas mãos da elite branca que no período do apartheid. Na África do Sul, a economia e o social vão muito mal.

No México, Claudia Sheinbaum, do partido Morena, obteve 36 milhões de votos (59,8%), mais que o dobro dos 16,5 milhões (27,5%) de Xochitl Galvez, de uma coligação de direita (PRI e PAN – até 2018, os dois principais partidos do país que se revezavam no governo) e o PRD. O candidato do MC, de centro-esquerda, obteve 10,3% dos votos, conferindo aos progressistas o apoio de mais de 70% dos mexicanos. Cláudia, junto com os aliados PT, PV e MC, terá maioria de 2/3 na Câmara e no Senado.

O sucesso do Morena derivou da grande popularidade do presidente López Obrador, eleito em 2018, e que havia perdido a eleição em 2006 (por 0,6% numa eleição escandalosamente fraudada) e em 2012. Seu governo aumentou o salário-mínimo em 120% acima da inflação; combateu fortemente a pobreza e a desigualdade social e direcionou investimentos públicos para os empobrecidos estados do Sul (Chiapas, Oaxaca, Tabasco, Guerrero e Veracruz). No México, a economia vai bem e o social também.

Por fim, nas eleições para o Parlamento Europeu, a grande mídia anuncia um grande aumento da votação da extrema-direita, quando, na verdade, seus dois agrupamentos (ID e ECR) passaram de 118 para 131 cadeiras (de 16,7% para 18,2%). Uau!!! Crescimento de 1,5%, quase todo concentrado no Reagrupamento Nacional de Le Pen, dado o derretimento do “En Marche” de Macron. No mais, houve um pequeno crescimento na Alemanha (AFD), se manteve estável na Itália (Irmãos de Itália e Liga Norte) e na Espanha (Vox) e caiu nos países nórdicos e na Bélgica.

Ainda a destacar, a derrocada do SPD de Scholz, na Alemanha, fruto de sua submissão ao neoliberalismo e ao imperialismo norte-americano e a elevada taxa de abstenção (de 60% a 70% em alguns países).

No próximo artigo falaremos mais detalhadamente sobre as eleições para o Parlamento Europeu.

Maria da Conceição Tavares: “Se você não se preocupa com a justiça social, você não é um economista sério, você é um tecnocrata”, pois “ninguém come PIB. Come-se alimentos”. Nossa homenagem à nossa mestra!

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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