Rogério Rosso (PSD-DF) está fora da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Ele anunciou a suspensão de sua campanha quarta-feira (25), alegando que aguardaria decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da candidatura à reeleição do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rosso não teve sequer o apoio de seu partido. Há duas semanas o Brasília Capital adiantou que a intenção de Rosso é conseguir visibilidade para disputar as eleições de 2018.
Maia tem como oponentes dois pré-candidatos: Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE). Rosso afirmou que está apenas suspendendo a campanha e não a pré-candidatura. Figueiredo é o autor do questionamento ao STF contra Maia. Dia 23, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Hilton Queiroz, suspendeu a decisão liminar da 15ª Vara Federal de Brasília que vetava a candidatura de Maia à reeleição na mesma legislatura. Alegou “indevida ingerência do Poder Judiciário na organização da Câmara dos Deputados”.
Contramão – Ao ser derrotado por Maia, em julho do ano passado, na eleição do substituto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acabou cassado em setembro, Rosso disse: “Vou ajudar, dar apoio. A Casa agora é uma só. Somos parte da mesma base de apoio. Vamos apoiar o governo Temer”, afirmou na ocasião.
Agora Rosso está na contramão do presidente da República, que defende, nos bastidores, a manutenção de Maia no cargo. Mas Temer vê crescer o apoio a Jovair Arantes, sobretudo entre o chamado baixo clero – parlamentares com pouca expressão política e que, portanto, recebem menos favores do Planalto.
Centrão – Aliados de Jovair esperam que Rosso leve de 60 a 80 votos para o petebista. O outro lado na moeda é que os dois integram o Centrão, formado por 13 partidos, incluindo PSD e PTB, e prometeram apoio mútuo. Líderes do bloco defendem a permanência de Rosso, o que garantiria um segundo turno. Nesse caso, teoricamente, os votos estariam indefinidos, o que beneficiaria o grupo.
A eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para o biênio 2017/2019 está prevista para começar às 9h do dia 2 de fevereiro. Serão eleitos o presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.
Registro – Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeiro turno ou ser o mais votado no segundo. A votação é secreta, em cabines eletrônicas, e só começará quando houver pelo menos 257 parlamentares no plenário.
Os partidos têm até as 12h do dia 1º para formar blocos parlamentares. Às 15h, será realizada uma reunião de líderes para a definição, pelos blocos, dos cargos a que têm direito. O prazo de registro de candidaturas vai até as 23h, quando haverá o sorteio da ordem dos candidatos na urna eletrônica.
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