Não entendo nada de Economia, a não ser o que sai da boca de especialistas que falam sem pestanejar sobre PIB, juros, dólar, pacotes fiscais, cartões corporativos, mercado etc. e tal. Isso, em bom português. Em inglês, são mais de 784 palavras ou termos autoexplicativos sobre o assunto.
Pelo que vejo nos jornalões, existem várias coisas que devem ser encaradas para colocar um limite que não envergonhe tanto uma sociedade civilizada: miséria pura e simples, fome e outras tragédias que ainda ocupam o dia a dia de todos os países que eram chamados de subdesenvolvidos – mas hoje mudaram de patamar.
Como mudaram de patamar, tiveram seus nomes transformados em entidades que antes se podia nominar, mas hoje aparecem anônimas, respeitosamente identificadas por etiquetas globalizantes. Uma delas: o Mercado, em maiúscula.
Daí a vontade que dá pra usar o controle remoto e voltar aos livros, que pelo menos não mudam de opinião no mesmo volume. Somente assim você vai conhecer que pleno emprego, menos cidadãos passando fome, têm um preço.
E o preço cabe aos iludidos que ganham até R$ 5 mil e poderiam ganhar isenção do IR. Mas o benefício, digamos, vem sendo condenado pelas mais altas autoridades em Economia, digo, Mercado. E por quê esse alvoroço? Porque o Mercado joga com hipérboles para dizer o que quer.
Traduzindo: fiquem vocês discutindo a isenção de R$ 5 mil – e deixem fora do bate-boca a taxação de quem ganha R$ 50 mil e dos verdadeiros milionários.