O aumento de transações e compras pela internet leva a uma crescente preocupação das empresas e consumidores com a segurança. Os fraudadores usam diversas maneiras para conseguir burlar a proteção das páginas, furtar os dados e adquirir mercadorias de maneira ilegal. No Brasil, a cada R$ 100 em compras, R$ 3,98 são tentativas de fraudes. No Distrito Federal, o índice é maior: R$ 4,73 a cada centena de reais, segundo dados da pesquisa Mapa da Fraude no Brasil 2014, realizada pela Clearsale, empresa especializada em soluções antifraude. Por isso, comprar na internet exige mais do que um simples clique: cuidados básicos são essenciais, orientam especialistas.
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Em 2014, o e-commerce movimentou no Brasil R$ 35, 8 bilhões, montante 24% maior do que em 2013. Por isso, o ambiente virtual se tornou atrativo para fraudadores e aventureiros. No caso dos aventureiros, muitos entram no negócio sem a devida infraestrutura de segurança e, portanto, tornam-se alvo fácil de hackers. Já entre os fraudadores, há aqueles que abrem sites ou clonam páginas de varejistas sérios para realizar falsas vendas e furtar dados do cliente. “Começa um ciclo: o criminoso consegue os dados capturados na internet ou faz cópia do cartão de crédito em estabelecimentos físicos, e realiza um monte de compras. O varejista fica no prejuízo, a instituição bancária, também, e o consumidor, com a dor de cabeça de provar que não fez aquela transação”, analisa Omar Jarouche, gerente de inteligência e estatística da Clearsale.
Na opinião de Jarouche, as maiores redes varejistas investem pesado na questão de segurança, até porque o prejuízo, tanto material quanto de imagem, fica para elas. Os clientes vítimas de fraudes são ressarcidos pelas instituições financeiras e pelo próprio varejista. “Quem paga em boleto acaba correndo mais riscos do que quem paga em cartão de crédito: se a mercadoria não chegar, quem compra com crédito recebe o dinheiro de volta”, orienta.
Para não ser vítima de uma cilada, os especialistas ensinam. Uma das precauções é evitar promessas excessivamente vantajosas de preços e mercadorias. Anúncios assim são constantes em redes sociais. “O consumidor vê na internet um telefone que custa, em média, R$ 3 mil por R$ 900. Tem alguma coisa errada e ele precisa desconfiar”, alerta Felipe Mendes, assessor jurídico do Procon-DF. A autarquia orienta ainda que o internauta procure informações sobre a idoneidade do site de compras. Entre os possíveis caminhos para a comprovação da seriedade da empresa, é necessário pesquisar as reclamações existentes e ver a lista de sites não confiáveis do Procon de São Paulo. O consumidor.gov, do Ministério da Justiça, também pode ajudar.
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