Novos levantamentos da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que a cada 11 segundos um mãe morre no parto e um bebê morre logo após nascer. As novas estatísticas sobre mortalidade materno-infantil no mundo foram divulgadas na quinta-feira (19).
Mesmo com essa taxa, o relatório da ONU diz que a mortalidade materno-infantil está em queda. Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da ONU, diz que nos países em que os serviços de saúde são seguros e acessíveis e de alta qualidade para todos, mulheres e bebês sobrevivem e prosperam. Os dados estão nos dois relatórios produzidos pleas agências das Nações Unidas: um da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outro pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Relatório da ONU indica queda na mortalidade materno-infantil
A publicação da ONU com dois relatórios sobre mortalidade materno-infantil, lançada na quinta-feira (19), dá conta de que o número de morte de crianças menores de 5 anos caiu pela metade comparado com o início do século XXI. Em 2018, houve 5,3 milhões de morte de crianças. O relatório indica que, no ano passado, 7 mil recém-nascidos perderam a vida. Complicações no parto também reduziram em mais de um terço em 2017: foram 295 mil casos conta 451 mil, em 2000. Os relatórios mostram que 2,8 milhões de mulheres grávidas ou em trabalho de parto e recém-nascidos morreram de problemas que poderiam ser evitados.
África Subsaariana: uma a cada 37 mulheres morrem de parto
Em 2018, uma em cada 13 crianças morreu antes dos 5 anos na África Subsaariana em comparação com uma em cada 196 na Europa. Os dados da ONU, divulgados em dois relatórios na quinta-feira (19), mostram também que uma em cada 37 mulheres morre durante o parto nessa região em comparação com uma a cada 6,5 mil nos países europeus. A ONU alerta para o fato de que, na taxa anual, a meta global a ser alcançada até 2030 de 70 mulheres mortas para cada 100 mil recém-nascidos sobreviventes está longe de ser alcançada.