Falar de Sexualidade feminina no dia da mulher é falar de tudo o que nos torna sexy e feminina, ou seja, quase tudo. Todavia, será que em um contexto em que somos consideradas modernas, sabemos o que nos faz sentir sexy ou feminina?
Por razões culturais, sociais e religiosas, o nosso papel foi durante muito tempo limitado ao de reprodutora. Nosso prazer não era levado em consideração, muito menos a nossa independência sexual. O advento da pílula anticoncepcional, a inserção no mundo educacional e nomercado de trabalho, dentre outros fatores,foram alguns passos relevantes nessa nossa tão sofrida caminhada pelos nossos direitos, mas certamente não suficientes.
Ao falarmos de sexualidade, envolvemos nossos valores, crenças, educação familiar, religião, entre várias outras questões que demandam a forma como nos relacionamos com os outros e com nós mesmas.Um dos pontos mais relevantes da nossa sexualidade diz respeito ao nosso autoconhecimento sexual, pois, diferente do que alguns pensam, tirar um tempinho do nosso dia para cuidar da nossa sexualidade influencia todos os outros contextos, sejam eles profissionais, conjugais, sociais, familiares etc.
Pensando mais sobre o assunto, nos deparamos com questões que, embora socialmente possam parecerbobagens devido aos diversos preconceitos e tabus, são essenciais.São exemplos: nossas inseguranças, ansiedades, carências, auto estima e, principalmente, nosso amor próprio. Esses fatores afetam muito a nossa saúde física, emocional e espiritual. Como?
Cada uma de nós lida com os problemas de formas diferentes. Mas ao nos conhecermos melhor, saberemos o que realmente cabe a nós resolver ou não. Aprendemos a diferenciar o que é de responsabilidade nossa ou do outro e, consequentemente, desenvolvemos uma melhor capacidade de lidar com a frustração. Nos tornamos mais leves e nos sobra mais tempo para realmente lidarmos com o que importa.
E convenhamos, nada melhor do que nos sentirmos importantes e seguras de nós mesmas, certo? Tudo isso para dizer que ser sexy ou feminina está na nossa particularidade deperceber e vivenciar as coisas. É sentir prazer conhecendo o próprio corpo e saber reconhecer o que há de mais incrível: nossa satisfação.
Permita-se viver e ousar, afinal, só podemos dar ao outro aquilo que conseguimos nos proporcionar em primeiro lugar. Como vou amar o outro se não amo a mim mesma? Como cuidar do outro se eu não sei o que me agrada ou desagrada? Seja coerente com você, sempre. E claro, muito feliz estando na melhor das companhias: a sua.