O Governo de Brasília atribuiu a uma ligação irregular o consumo excessivo de água no Estádio Nacional Mané Garrincha, que resultou em uma conta de R$ 2,2 milhões no mês de junho. Segundo o grupo de trabalho criado pelo GDF, a intervenção feita ainda na época da construção da arena em um registro que regula um dos reservatórios construídos para armazenar água.
Para o Executivo local, acredita-se que os responsáveis pela obra ficaram receosos de que as chuvas não fossem suficientes para encher os quatro reservatórios de água bruta, cada um deles com capacidade para 350 mil litros, destinados à irrigação do gramado e ao combate a incêndios. Porém, a apuração não revelou se foi uma ação deliberada ou não.
Segundo informações da reportagem do portal Metrópoles, o sistema deveria funcionar de forma automatizada. Porém, não houve contratação deste serviço. Sendo assim, as intervenções eram feitas manualmente. E pode ter sido deixada aberta de forma proposital para a água não ser, efetivamente, consumida e ser direcionada ao Lago Paranoá.
\”É um episódio grave e lamentável, sobretudo neste momento de escassez hídrica. Vamos apurar com todo rigor\”, disse o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. A Terracap, dona do estádio, vai arcar com metade da conta.
Elefante branco
Com a proibição de os times da elite do futebol nacional atuarem fora de seus estados, o Distrito Federal – que não tem representante nas principais séries do Brasileirão – deixou de receber jogos. A última partida no Mané Garrincha ocorreu no dia 6 de maio, na final do Campeonato Candango, entre Brasiliense e Ceilândia.
O estádio também foi citado em delações de investigados na Operação Lava Jato, sobretudo nos depoimentos dos executivos do Grupo J&F. A arena custou R$ 1,6 milhão aos cofres públicos e teria abastecido a campanha de dois ex-governadores.}