O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou em entrevista à revista IstoÉ não esperar que seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) assine um acordo de delação premiada.
\”Duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso. Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): \’Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo\’. Aí não posso garantir\”, disse o presidente.
O presidente disse ter visto com surpresa as cenas de Loures correndo com uma mala. “Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria”, disse. Questionado se sentia-se traído pela atitude do auxiliar, Temer disse que não, por não ter “nada a ver com isso”. Para o presidente, foi um ato “is
Temer afirmou ainda que considera trocar o comando da Polícia Federal, com a substituição do diretor geral Leandro Daiello. A decisão, porém, caberá ao novo ministro da Justiça, Torquato Jardim.
\”Primeiro, vou verificar qual é a perspectiva que ele, Torquato, tem em relação aos vários órgãos incluindo a Polícia Federal. Quando ele me trouxer os argumentos eu vou examiná-los, mas a decisão é dele, avalizada por mim, sem dúvida nenhuma. Pode ser que o novo ministro levante os dados todos que ele julgue convenientes e venha conversar comigo. Fui secretário da Segurança Pública em São Paulo duas vezes, e eu tinha que ter pessoas da minha confiança em certos cargos, então eu mudava delegado-geral, mudava o comando da Polícia Militar quando necessário. A mudança do diretor da PF vai depender do novo ministro\”, afirmou.