Não há brasileiro alfabetizado que não tenha se feito essa pergunta, não é mesmo? O meu objetivo agora não é respondê-la – até porque essa é uma pergunta que se faz a Camões –, mas esclarecer como usá-los! Vamos lá?
- O porquê: sempre um substantivo. Está sempre acompanhado por um determinante (artigo ou pronome adjetivo): os porquês, um porquê, seu porquê, esse porquê, alguns porquês. Pode estar no singular ou plural.
Ex.: Entendi o porquê do seu sofrimento.
Obs.: Note que sublinhei a palavra e o determinante.
- Porque: sempre em orações que expressam, explicitamente, causas ou explicações (justificativas). Em alguns casos, pode ser substituído por “pois”.
Ex.: Ela está sorrindo porque conseguiu a aprovação. (cabe “pois”)
Ex.: Se ele não chegou é porque está atrasado. (não cabe “pois”, mas introduz uma justificativa explícita para o atraso.)
Ex: Ela está feliz porque conheceu a praia? (mesmo sendo uma pergunta, há uma justificativa explícita para a felicidade dela. A pergunta serve para saber se essa justificativa é válida ou não).
Obs.: sublinhadas estão as justificativas explícitas.
- Por quê (?): sempre seguido de pontuação. Em geral, ponto de interrogação, mas não exclusivamente.
Ex.: Ele chegou atrasado por quê?
Ex.: Ela pediu demissão e não se sabe por quê.
Obs.: O que está sublinhado? O “por quê” e a pontuação.
- Por que: pode ser um pronome interrogativo; pode ser um pronome relativo; pode ser equivalente a “o motivo pelo qual”. Meu conselho: onde não se encaixam os três primeiros casos, encaixe o quarto!
Ex.: Por que ele chegou atrasado?
Ex.: A causa por que luto é nobre.
Ex.: Não sabemos por que ele lê tanto!
Ao longo desta semana, fiz dois eventos destinados ao estudo dos porquês. O primeiro é o meu programa, Na Ponta da Língua, que você consegue assistir pelo YouTube (exibido em 29 de maio de 2017). No mesmo dia, fiz uma live no meu Facebook (Elias Santana) acerca do assunto. A minha missão é que esta seja a sua última semana de dúvidas acerca desse assunto! Bons estudos!