O ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) foram citados em delação premiada dos 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht. O documento entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na terça-feira (14), ainda cita o deputado distrital Robério Negreiros (PSDB) e o ex-senador Gim Argello (sem partido).
Os supostos atos ilícitos ocorreram durante a construção do Centro Administrativo do GDF (Centrad) e do Estádio Mané Garrincha, que, juntos, custaram cerca de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. O Centrad, construído em Taguatinga, foi alvo de diversas ações da Justiça durante a execução da obra, iniciada no governo Arruda, e após sua inauguração, no último dia do governo Agnelo Queiroz.
Arruda e Agnelo também foram citados na delação de ex-executivos de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez. Segundo o depoimento deles, os ex-governadores teriam recebido propina na obras do Mané Garrincha. Antes da formação do consórcio, em 2009, Arruda ficaria com 1% do valor do estádio, enquanto Agnelo não cobrou um valor fixo, porém, pediu pagamentos para o PT.
Gim e Robério
Gim Argello foi condenado a 19 anos de prisão por cobrar propina de empresas investigadas pela Operação Lava Jato para não convocá-las a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). À época, Gim presidia a comissão.
Outro acusado foi o distrital Robério Negreiros, que teria recebido uma doação de R$ 50 mil da Odebrecht para sua campanha eleitoral. Segundo o ex-vice-presidente de Relações Institucionais, Cláudio Melo Filho, o sogro do parlamentar, Luiz Carlos Garcia, o procurou e pediu o repasse.document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript);