O morador que tirou os macacos da piscina, Clóvis Ramos, afirma que costumava ver macacos num pomar da chácara, mas nunca tinha visto algum deles na água. Oito pessoas moram no local, incluindo uma idosa de 75 anos e uma criança de 1 ano. Nem todos eles foram vacinados.
\”O rapaz da Vigilância Ambiental disse para a gente se vacinar, e falou que uma equipe vai vir aqui inspecionar as outras casas, a mata. Pode ser que tenha mais macacos, né\”, afirmou Ramos. A água da piscina não vai precisar ser trocada, porque o vírus da febre amarela não consegue sobreviver em ambiente externo.
A presença de macacos mortos em grupo em áreas de mata é um dos principais indícios de risco de surto de febre amarela silvestre. Isso acontece porque os mosquitos Haemagogus e Sabethe podem picar os macacos infectados e transportar o vírus até humanos saudáveis, completando o ciclo. Não há como transmitir ou pegar febre amarela por contato direto com doentes.
Segundo a Secretaria de Saúde, a cada ano cerca de 50 macacos são encontrados mortos em todo o DF. Isso não significa que todos eles foram infectados pela febre amarela, mas a notificação dos casos e a testagem do vírus são compulsórias.
\”A investigação, ela vai desde a identificação se aquelas pessoas já tomaram a vacina, se estão protegidas, e posteriormente a gente inicia o manejo ambiental. Faz o controle químico do Aedes aegypti e o bloqueio vacinal, se necessário for. O DF sustenta um programa de febre amarela com a população vacinada e muita tranquilidade. Não há necessidade para pânico\”, diz o médico veterinário Laurício Monteiro.
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