O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi submetido na tarde desta segunda-feira (27) a uma cirurgia de próstata no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. No início da noite, a assessoria de imprensa da instituição divulgou uma nota informando que o procedimento foi concluído sem problemas.
O estado de saúde de Padilha é estável, e ele ficará sob observação por dois dias. A assessoria de imprensa do ministro informou que ele deve retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (6).
Confira, na íntegra, a nota do hospital:
\”O paciente Eliseu Padilha submeteu-se a procedimento urológico cirúrgico, sob anestesia geral, que transcorreu sem intercorrências. As condições gerais estão estáveis.
Ele permanecerá em sala de recuperação pós-operatória monitorado pelas próximas 48 horas.
Professores Claudio Telöken
Nilton Brandão\”
O ministro está de licença médica desde segunda-feira (20), quando foi hospitalizado em Brasília. Ele passou dois dias internado por conta de uma obstrução urinária provocada por uma hiperplasia prostática benigna, que gera aumento excessivo da próstata.
Eliseu Padilha tem 71 anos e é um dos principais conselheiros do presidente da República, Michel Temer. À frente da Casa Civil, ele integra o chamado núcleo duro do governo e atua diretamente na articulação política do Palácio do Planalto.
Hiperplasia prostática
Depois dos 40 anos é comum que o homem tenha a hiperplasia benigna da próstata, um crescimento da próstata sem implicações graves, mas que pode comprometer a qualidade de vida.
A próstata aumentada pode estreitar a passagem da urina, o que pode dar vontade de ir ao banheiro a todo momento e até atrapalhar o sono do paciente.
Esse problema pode ser apenas acompanhado, tratado com medicamentos (finasterida ou dutasterida) ou, em alguns casos, até cirurgia. Nos casos em que a próstata cresce, mas não causa problemas, o homem deve fazer exames de toque retal e de sangue (conhecido como PSA) anualmente.
Yunes cita Padilha
O afastamento de Padilha ocorre no momento em que o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que recebeu um envelope em 2014 a pedido do ministro.