Como diz a antiga marchinha, “este ano não vai ser igual àquele que passou”. No carnaval 2017, as 14 escolas de samba da Série A do Rio de Janeiro, que desfilam em dois dias, começam as apresentações a partir das 22h. Sete delas abrem a festa nesta sexta-feira (24).
- Acadêmicos do Sossego – 22h
- Alegria da Zona Sul – entre 22h45 e 22h55
- Unidos da Viradouro – entre 23h30 e 23h50
- Império da Tijuca – entre 0h15 e 0h45
- União do Parque Curicica – entre 1h e 1h40
- Estácio de Sá – entre 1h45 e 2h35
- Acadêmicos de Santa Cruz – entre 2h30 e 3h30
Cada agremiação poderá apresentar de duas a quatro alegorias – sendo uma delas acoplada – e ter no mínimo 1,2 mil componentes. O desfile tem duração mínima de 45 minutos e máxima, de 55 minutos. A escola campeã vai desfilar em 2018 no Grupo Especial, e a última colocada, vai para a Série B.
Neste primeiro dia de desfiles, as homenagens estão em alta nos enredos das escolas. Mas também há temas como literatura infantil, a vida de um profeta e um revival dos anos 80.
Veja o que cada agremiação vai apresentar
Primeira a pisar na avenida é a Acadêmicos do Sossego, com o enredo “Zezé Mota, a deusa do ébano”, de Márcio Puluker. A escola vai celebrar na avenida os 50 anos de carreira da atriz e cantora, que ficou imortalizada, inclusive no exterior, com o filme “Xica da Silva”, de 1976, onde interpretou a personagem-título. A escola vai desfilar com 1,8 mil componentes, em 18 alas e quatro alegorias.
A noite segue com outra homenagem. A Alegria da Zona Sul também leva para a avenida uma festa de 50 anos de carreira: “Vou festejar… com Beth Carvalho, a madrinha do samba”, de Marco Antônio Falleiros. Os 2 mil componentes prometem vestir sua melhor roupa para brilhar na Sapucaí e 20 alas, acompanhados de 4 carros.
A terceira escola a entrar na Passarela do Samba, a Unidos do Viradouro, traz um enredo sobre o universo infantil: “E todo o menino é um rei”, de Jorge Silveira. O desfile que promete muitas referências aos sonhos de crianças e muita imaginação tem em seu título ainda uma homenagem aos compositores Nelson Rufino e Zé Luiz, e ao intérprete Roberto Ribeiro. A Viradouro vai se apresentar com 1,8 mil componentes, em 23 alas, com quatro carros e dois tripés.
Com as bênçãos de São João Batista, a Império da Tijuca, quarta escola a desfilar na sexta-feira, conta a história de “O último dos profetas”, enredo desenvolvido por Júnior Pernambucano. O desfile pretende falar sobre a vida do santo de seu nascimento à morte, além de abordar sua correlação com cultura iorubá, onde é tratado como a entidade Xangô. Os componentes vão estar divididos em 22 alas. A escola vai desfilar com quatro alegorias e um tripé.
Com o enredo “O importante é ser feliz e mais nada”, dos irmãos Leandro e Vítor Mourão, a União do Parque Curicica, que tocar fundo no sentimento do público e dos foliões lembrando as doces delícias da infância: as brincadeiras, os jogos, os carnavais de 30 anos atrás. A escola vai desfilar com 24 alas.
A Estácio de Sá vai fazer o público matar as saudades de um antigo morador: o cantor e compositor Gonzaguinha. Para isso, os carnavalescos Chico Spinosa e Tarcísio Zanon preparam um carnaval contando a vida do artista e lembrando seus maiores sucessos em “É! O moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio”. A Estácio se apresenta com 22 alas, quatro carros e um tripé. Um dos autores do samba-enredo é o filho de Gonzaguinha, Daniel Gonzaga.
Última agremiação a se apresentar no primeiro dia de desfiles, a Acadêmicos de Santa Cruz destaca a importância da literatura infantil, de personagens marcantes e mundos imaginários e busca um resgate de valores, como a preservação da natureza. E tudo o que as crianças podem levar de ensinamento para o futuro. O enredo “Vou levar somente o que couber no bolso e no coração… Uma viagem de sabedoria além da imaginação…”, de Lane Santana, Munir Nicolau e Wladimir Morellembaum, vai ser contado por 21 alas e quatro alegorias.
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