O juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, deferiu liminar, nesta quarta-feira (8), numa ação popular movida por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), suspendeu a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Responsável pelo programa de privatizações, ele foi nomeado para ganhar o foro privilegiado e escapar da Lava Jato.
Amigo íntimo do presidente Michel Temer, Moreira foi delatado pela empreiteira Odebrecht por supostamente receber propinas nas concessões dos aeroportos. Ele também é investigado na Operação Cui Bono, que investiga fraudes nos empréstimos da Caixa Econômica Federal.
Moreira Franco, um dos caciques do PMDB, havia se tornado ministro três dias após a homologação das delações da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Com isso, uma vez processado, o político será ouvido e julgado diretamente pela Suprema Corte. Livrou-se, portanto, do crivo do juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Moreira é citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht. Apelidado de \”Angorá\” nos depoimentos do executivo, o novo ministro nega ter cometido irregularidades.
Confira aqui a decisão do juiz.
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