Os defensores da introdução de atividades empresariais são diversos: donos de casas de festas, clínicas, academias, escolas, casas de repouso, artesãos e, principalmente, profissionais autônomos ou sociedades unipessoais, que desejam registrá-las no endereço residencial. São, em sua maioria, profissionais liberais.
A posição dos moradores não é unificada. No Park Way, há quem deseje ter comércio local nas proximidades e os que não querem a natureza afetada de qualquer maneira. Lembram que o bairro não tem coleta e tratamento de esgoto, que as redes elétrica e de água são precárias e que a coleta de lixo acontece apenas em alguns dias da semana, que não há transporte coletivo e o policiamento é precário.
“Como ter uma clínica ou uma casa de repouso gerando dejetos hospitalares se não há a coleta”, indaga um morador. “Eu não quero ter que me deslocar 10 quilômetros para comprar pão e leite”, diz outro.
Muitos temem que a criminalidade cresça com o comércio local e que as vias fiquem intransitáveis. Os ambientalistas receiam que o bairro, inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama-Cabeça do Veado – responsável por gerar um terço da água do Paranoá –, venha a ser desmatado, com perda de vegetação original de Cerrado, assoreamento de rios e não querem que a região ganhe contornos semelhantes aos de Vicente Pires.