A notícia veio perto do Natal, mas está longe de ser um presente de Papai Noel. O GDF deu início às audiências públicas sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Trata-se de uma norma que define os parâmetros urbanísticos de uma localidade. A proposta da Luos deixou em pânico muitos moradores de bairros essencialmente residenciais, tais como os Lagos Sul e Norte, Taquari e o Park Way. O temor é de que as novas regras reduzam a qualidade de vida dos moradores, ao mesclarem atividades empresariais com residenciais e ao autorizarem o fracionamento interno dos atuais lotes.
É importante lembrar que a derrocada de Agnelo Queiroz se agravou exatamente quando ele enviou à Câmara Legislativa os projetos de Luos e do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). A população, zelosa pelo projeto urbanístico de Lúcio Costa, tombado pela Unesco, mobilizou-se a ponto de Agnelo retirar os dois projetos da Câmara Legislativa. Rollemberg, ainda em campanha, se beneficiou desse desgaste e prometeu trazer novas propostas que atendessem aos anseios da sociedade. Parece ter esquecido.
Quem tem acompanhado os debates, identifica como filosofia balizadora da proposta oficial o uso mais intensivo dos imóveis. Um adensamento, não necessariamente populacional, mas de multiplicidade de usos. Simultaneamente às audiências da Luos, debates se intensificam nas redes sociais – às vezes até em tom agressivo e passional. Deve-se, ou não, permitir empresas nas residências? Deve-se, ou não, permitir novos fracionamentos de lotes?
No Taquari, por exemplo, é repudiada a proposta de fracionamento interno das chácaras, como já aconteceu no Park Way e nas Mansões Urbanas Dom Bosco.
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