Após a realização de uma extensa bateria de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, submetidos a um comitê multiprofissional da Secretaria de Saúde, foi confirmado o primeiro caso autóctone (ocorrido a partir do próprio local) de microcefalia por zika vírus no Distrito Federal. A criança nasceu em outubro e está sendo acompanhada pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Centro de Saúde da Asa Norte e Hospital Sarah Kubitscheck.
\”No processo de investigação epidemiológica constatou-se a presença do zika vírus na corrente sanguínea da criança, comprovando a contaminação intrauterina. Além disso, a mãe relatou um quadro febril, com tosse e erupções cutâneas (exantemas) por aproximadamente quatro dias no primeiro trimestre da gravidez e declarou não ter se ausentado no DF durante todo o período da gestação\”, esclarece Rodrigo Miranda, gerente de Epidemiologia de Campo da Subsecretaria de Vigilância à Saúde.
Apesar da grande repercussão dos casos de microcefalia vinculados ao zika vírus, essa patologia pode ser ocasionada por diversos outros agentes, como por exemplo a sífilis e a toxoplasmose. No DF, são registrados anualmente entre de seis a 10 casos da doença.
Desde novembro de 2015, houve avaliação de 65 casos suspeitos, mas apenas três foram relacionados ao zika vírus, sendo dois contraídos fora do Distrito Federal.
GRAVIDEZ E ZIKA – Em abril, no Hospital Regional de Samambaia, uma gestante que havia contraído zika teve a gravidez interrompida no segundo trimestre. Na época, houve suspeita que a morte do feto tinha ligação com a microcefalia, mas os exames confirmaram que a causa da morte foi por complicações decorrentes do quadro hipertensivo apresentado pela mãe. Este caso, portanto, não é contabilizado como relativo ao zika vírus.
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