Reginaldo Veras (*)
Terça-feira (6), foi divulgado o resultado do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, da sigla em inglês), uma espécie de Enem internacional. São setenta países submetidos a essa avaliação, que é feita a cada três anos. O resultado deste ano é curioso. O Brasil levou uma pisa no Pisa.
Via de regra, nessa avaliação internacional avalia-se leitura – no nosso caso, o português –, matemática e ciências. É aplicada uma prova de leitura e das outras duas disciplinas. O resultado foi decepcionante. Nossos indicadores são péssimos. Ficamos piores do que em 2012. Quase todos os estados brasileiros ficaram abaixo da média.
Para melhorar esses indicadores, o Brasil necessita fazer pesados investimentos em educação, coisa que não faz. Isto passa pela melhoria na qualidade do trabalho e na formação continuada dos professores.
Uma nota não diz plenamente o resultado da educação de um país, mas dá sinais – e os sinais são preocupantes, como temos observado nas últimas avaliações. O MEC, ao propor a Medida Provisória nº 746, de reforma no ensino médio, diz que esse modelo é adotado no Japão, na Finlândia, na Suécia, nos Estados Unidos.
Suécia, Finlândia e Estados Unidos investem em educação um percentual significativo do PIB: mais de 20%. Já o sonho do Brasil é chegar a 10%. Logo, é uma comparação absurda, esdrúxula. É querer enganar bobo. Não haverá melhoria na educação sem investimentos.
Isto serve para o País e serve também para o Distrito Federal.
(*) Deputado distrital (PDT)
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