Os defensores do meio ambiente e da preservação do Plano Piloto ganharam mais tempo. O Conselho de Meio Ambiente do DF decidiu fazer um pente fino no processo de liberação da obra do que foi denominado Quadra 500 do Sudoeste.
Localizada às margens do Eixo Monumental, trata-se de uma das últimas manchas originais de cerrado no Plano Piloto. A área para fins institucionais, inicialmente da Marinha do Brasil, foi permutada com a construtora Antares. Lá surgiriam as quadras 500 e 501 do Sudoeste, abrigando, num espaço de 140 mil metros quadrados, 22 prédios residenciais e seis comerciais.Os oponentes ao projeto imobiliário defendem que ali abrigue o Parque das Sucupiras.
O projeto Quadra 500 avança e retrocede há anos nas esferas administrativas do GDF e judiciárias. Agnelo Queiroz e Geraldo Magela quiseram inseri-lo no PPCUB, mas a mobilização social não permitiu.
A Associação Parque Ecológico das Sucupiras (APES) solicitou o cancelamento ou a revisão da licença concedida para o início da obra. Alega que a presença de mais 4 mil novos moradores, uma frota adicional de 3,2 mil veículos – segundo os cálculos da empreiteira −, sem contar com visitantes e consumidores, iria impactar em demasia o meio ambiente e a mobilidade urbana, já tumultuada no local.
Segundo o secretário do meio ambiente, André Lima, a autorização pregressa do projeto não foi submetida ao Conselho de Meio Ambiente do DF e que há indícios de que o projeto foi alterado para abrigar uma população ainda maior, o que levaria obrigatoriamente a um novo exame.
Esta será uma briga feia entre empreiteiros, imobiliárias e ambientalistas. Durante a campanha eleitoral, Rodrigo Rollemberg prometeu que não autorizaria a criação das quadras 500. Manterá a palavra?
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