A menos de um mês das eleições presidenciais dos Estados Unidos, a campanha do empresário Donald Trump entra na maior crise desde o início da corrida eleitoral. Dezenas de líderes do Partido Republicano têm retirado o apoio à sua candidatura e fazem pressão para que o bilionário renuncie e dê lugar ao candidato a vice-presidente da chapa republicana, Mike Pence. Trump, no entanto, afirmou que vai permanecer na disputa até o fim.
Mas a primeira pesquisa realizada após a divulgação de um vídeo com frases sexistas do republicano mostra uma disparada da democrata Hillary Clinton nas intenções de voto dos norte-americanos para a Casa Branca.
Segundo a sondagem, realizada a pedido da NBC e do Wall Street Journal, a ex-secretária de Estado aparece com 46% da preferência do eleitorado, enquanto o magnata caiu para 35%. Já o libertário Gary Johnson tem 9%, e a candidata verde Jill Stein, 2%.
No levantamento anterior feito pela NBC, Hillary estava com os mesmos 46%, mas Trump tinha 41%. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de outubro, no calor da divulgação do vídeo do bilionário e possui margem de erro de 4,6 pontos percentuais para mais ou para menos.
Baixo calão – Na gravação, Trump fala de maneira ofensiva sobre as mulheres, dizendo que é possível fazer o que quiser com elas \”quando se é famoso\”. \”Elas deixam você fazer qualquer coisa. Pegá-las da maneira como quiser. Pegue-as pela x…\”, disse o republicano na gravação, usando termo vulgar para se referir ao órgão sexual feminino. O vídeo é de 2005 e registra uma conversa com o apresentador Billy Bush.
Para se defender, o candidato declarou se tratar apenas de \”papo de vestiário\”, mas ainda assim vem perdendo apoio entre os republicanos. As frases sexistas serviram de combustível para um agressivo debate entre Trump e Hillary no último domingo (9), no qual o bilionário acusou o ex-presidente Bill Clinton (marido da democrata) de assédio sexual contra várias mulheres.
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