Em cena, os atores Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello formam a tripulação de astronautas russos que se vê isolada numa distante estação espacial quando uma catástrofe global extermina a humanidade. Daí por diante, eles têm que administrar os recursos que se esgotam pouco a pouco, tentando manter a lucidez em um cotidiano invadido por delírios e acidentes que ameaçam sua existência. Afinal, um computador neurastênico, algumas plantas, um peixe e um gato são tudo o que restou do planeta Terra. Essa é a temática do espetáculo Síndrome de Chimpanzé, que faz curta temporada de 21 a 30 de outubro de 2016 a na Caixa Cultural Brasília.
Referências a filmes como “Solaris”, “A última esperança da Terra”, “Barbarella”, “2001, uma odisseia no espaço” e “Planeta dos macacos” surgem no espetáculo como reflexos dessa viagem íntima, parte das memórias que formaram e influenciam nosso olhar para o mundo. Síndrome de Chimpanzé tem nos filmes de ficção científica dos anos 1970 o ponto de partida para uma odisseia através de aspectos que nos tornam humanos – os medos, os desejos, as esperanças, as obsessões.
“O tema da aventura espacial é um pretexto para falar do que nos é próximo – a necessidade que temos do outro, as dificuldades nos relacionamentos, a consciência de que somos mortais. Os astronautas encurralados em uma estação espacial também podem ser vistos como um casal fechado em uma relação que se esgotou. E a própria viagem aos confins do sistema solar é uma viagem íntima, de reconhecimento da própria identidade, com seus limites e possibilidades”, contextualiza o autor e diretor Alex Cassal.
Síndrome de Chimpanzé dá continuidade à pesquisa dos Foguetes Maravilha por uma cena que mescle pesquisa de linguagem e exploração dos códigos teatrais com temas contemporâneos, que dialoguem diretamente com o público. Neste trabalho, trocas de papéis e interpretações múltiplas para criar uma cena em que coexistam apreensão racional e sensorial, cômico e trágico, micro e macrocosmo. Um espetáculo que busca levar o espectador ao envolvimento e à reflexão. “A peça explora dramaturgicamente a subjetividade da memória, das emoções e dos desejos, propondo que cada espectador faça suas próprias conexões e encontre os fios que vão conduzí-lo através da história. Não como um enigma, mas como uma trajetória que oferece caminhos diversos. É um espetáculo que busca atualizar o nosso olhar sobre as relações que estabelecemos, questionando nossos códigos e estatutos”, destaca o ator Felipe Rocha.
Continuando a parceria criativa que já resultou nos espetáculos Ele precisa começar, Ninguém falou que seria fácil e 2 histórias, Síndrome de Chimpanzé tem Alex Cassal na direção e dramaturgia, e Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello no elenco. Além disso, conta com Aurora dos Campos no cenário, Tomás Ribas na iluminação e Domenico Lancellotti na trilha sonora.
Serviço:
Síndrome de Chimpanzé – com o grupo Foguetes Maravilha.
Texto e direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello.
Local: CAIXA Cultural Brasília – Teatro da CAIXA (SBS Quadra 4 Lotes 3/4 edifício anexo à matriz da CAIXA)
Dias: 21 a 30 de outubro de 2016
Horário: sexta-feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 16 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos: à venda a partir de 15 de outubro | R$ 20 e R$ 10 (meia)
Meia-entrada: estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA, pessoas acima de 60 anos e doadores de brinquedo.
Bilheteria: de terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Informações: (61) 3206-6456
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes) | Acesso para pessoas com deficiência e assentos especiais
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