A Justiça do Rio determinou a apreensão do passaporte dos nadadores americanos Ryan Lochte e James Feigen. Eles relatam ter sido assaltados a mão armada após saírem de uma festa na Lagoa, na Zona Sul, na madrugada do domingo (14). A polícia do Rio disse que pode mudar a linha de investigação para saber exatamente o que os nadadores, que estavam acompnhados de mais dois atletas da delegação dos EUA, fizeram naquela madrugada.
De acordo com pessoas ligadas ao inquérito, um vídeo divulgado na terça (16) pelo jornal britânico \”Dail Mail\” aumentaram as contradições no relatado — como o número de assaltantes e o que teria sido levado na ação. A polícia diz que a linha de investigação pode passar de roubo para falsa comunicação de crime. Por isso, a determinação da Justiça de apreender os passaportes do quarteto.
A entrada na Vila Olímpica, segundo as imagens do circuito interno, ocorre cerca de três horas depois do horário da saída da festa no relato à polícia. O assalto foi no caminho de volta, nas declarações de Lochte e Feigen.
Ao analisar as imagens, os investigadores estranharam o fato de os atletas terem chegado aparentemente calmos ao local, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Lotche, 12 vezes medalhista olímpico, chega a brincar, batendo com a credencial em Feigen.
Nas declarações dadas à polícia, os nadadores disseram estar tão embriagados que não conseguiam distinguir onde exatamente foram roubados, apesar de terem dito que teria sido na Lagoa. Também afirmaram que não saberiam definir o tipo de táxi que pegaram.
No vídeo da câmera de segurança, os atletas não aparentam estar tão bêbados como afirmaram.
Crime é investigado
As investigações seguem. Lochte prestou depoimento no domingo à noite na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon. O atleta repetiu a versão que um dos colegas havia contado à polícia e disse que estava bêbado e não lembra detalhes do assalto.
Os agentes ainda procuram o motorista do táxi que teria levado os nadadores de uma festa na Casa da França, na Lagoa, à a Vila Olímpica. A polícia tem as imagens do posto de gasolina, onde os atletas pegaram o táxi, e busca registros de câmeras de segurança que ficam no trajeto.
À rede americana NBC, Ryan Lochte contou que estava com outros três nadadores. Segundo ele, homens pararam o táxi, mostraram distintivos e apontaram uma arma para eles. Lochte disse que eles tiveram que deitar no chão. Os suspeitos levaram o dinheiro e a carteira dele, mas deixaram a credencial e o celular.
A polícia estranhou o fato de o celular não ter sido roubado, já que o aparelho também funciona no Brasil.
Na manhã de domingo, o porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que recebeu uma mensagem do comitê dos Estados Unidos dizendo que a história não era verdadeira.
Depois, o Comitê Americano divulgou uma nota afirmando que os atletas foram parados por homens armados, agindo como se fossem policiais, e disse que os quatro nadadores estão colaborando com as investigações.
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