A Justiça condenou, na noite desta quarta-feira (27/4) o trio responsável pelo latrocínio do servidor do Senado Federal Eli Roberto Chagas, 51 anos. A Vara Criminal considerou os acusados culpados de associação para o crime com arma de fogo, roubo e latrocínio. Eli foi morto durante um assalto em frente ao Colégio Rogacionista na QE 38 do Guará 2, em 2 de fevereiro, quando ia buscar um dos filhos para almoçar em casa. Filype Espíndola de Azavedo pegou 34 anos de prisão. Ele abordou Eli, atirou duas vezes contra ele e fugiu com o carro da vítima, um Toyota Corolla 0km. Os dois comparsas de Filype, Milton Espíndola de Azevedo e Márcio Marçal, pegaram 27 anos e quatro meses cada.
Eli esperava pelos filhos, uma menina de 12 anos e um garoto de 15, quando foi surpreendido por Filype. O réu entrou no Toyota Corolla 0km, retirado horas antes da concessionária. Os dois permaneceram no carro por menos de 40s. Antes de fugir com o automóvel, o assaltante disparou quatro vezes. Dois dos tiros atingiram a vítima, que morreu no local. A polícia recuperou o Corolla cinco horas depois, no Setor de Oficinas Sul.
As informações foram divulgadas no twitter oficial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A Justiça ouviu, ao todo, 11 testemunhas. Uma 12ª foi dispensada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Milton foi o primeiro dos três a ser interrogado. Ele negou envolvimento na ação que resultou na morte de Eli e disse que estava em casa, em Ceilândia, no dia do fato. Disse, ainda, que só foi preso porque estava na casa de Márcio junto com Filype quando a polícia chegou.
Ele também é acusado de, com a dupla, assaltar um lava a jato em Valparaíso (GO), o que também negou. O segundo a ser ouvido foi Filype. Por sua vez, o réu assumiu todos os crimes e argumentou que é menor de idade, embora os documentos do acusado indiquem que ele tem 22 anos. Ele contou que usou um Uno pertencente à Márcio para se dirigir aos locais que iria assaltar. Que no lava a jato roubou um Gol que levou para a Candangolândia, e que depois convidou um adolescente e, juntos, foram para o Guará.
Filype disse ainda que matou Eli pois mandou que ele se afastasse e a vítima teria se negado. Márcio, que foi o último interrogado também disse ser inocente. Argumentou que tem um bebê e que o sogro morreu recentemente e, por isso, estava afastado da vida criminosa.