Zilta Marinho (*)
Muitas são as histórias referentes à criação do Dia Internacional da Mulher, que se comemora em 8 de março. A mais conhecida é a do incêndio ocorrido numa fábrica têxtil de Nova York (EUA), em 1911. Outra história é que o primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado nos Estados Unidos em maio de 1908, quando aproximadamente 1.500 mulheres se uniram numa manifestação pela igualdade econômica e política no país. Em reforço a isso, em 1909 o Partido Socialista dos EUA, realizou, em 28 de fevereiro, um protesto com mais de 3 mil pessoas no cento de Nova York.
O 8 de março se firmou quando, nesse dia em 1917, cerca de 90 mil operárias se manifestaram contra o Czar Nicolau II, na Rússia, por causa das más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto ficou conhecido como “Pão e Paz”. A data foi oficializada como Dia Internacional da Mulher apenas em 1921. Mas…
Todo dia é dia da mulher
No Brasil foram e são muitas as guerras e as guerreiras. O direito ao voto, por exemplo, foi conquistado em 1932. Já o Conselho Estadual da Condição Feminina, em São Paulo, foi criado em 1985, com o surgimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.
Apesar das conquistas, nem sempre o caminho é fácil no mercado de trabalho para a mulher. O relatório Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), destaca que, em média, os salários das mulheres são 24% menores do que os dos homens, considerando-se as mesmas funções. Esse estudo mostra ainda que fazem parte da população ativa 50% das mulheres com idade para trabalhar e 77% dos homens nessa mesma condição. Elas representam duas vezes e meia a quantidade de homens quando se trata do trabalho doméstico e do referente a cuidar de outras pessoas, trabalhos esses não remunerados.
No Distrito Federal, a situação não é diferente. Pesquisa divulgada pelo Dieese mostra que a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos 10 anos de idade, em 2012, era de 56,7%, mesma taxa de 2001. Essa participação teve o percentual mais expressivo em 2008, quando chegou a 60,2%. A partir daí vem caindo anualmente. A jornada de trabalho que hoje é, em média, de 40 horas semanais, era de 39 em 2007, 2009 e 2010, mas já foi de 41 horas semanais em 2001 e 2002. Atualmente, segundo a mesma pesquisa, o rendimento médio real das mulheres ocupadas, assalariadas e autônomas, no trabalho principal, no DF, é de R$ 1.914.
Outra das batalhas femininas é na área da saúde. Um exemplo é a reconstrução da mama. Muitas mulheres não sabem que têm esse direito ou levam anos na fila de espera para reconstruir a mama. Com relação a isso, a deputada distrital Celina Leão (PPS) apresentou projeto de lei que obriga estabelecimentos de saúde, públicos e privados, a entregar o encaminhamento para a realização da cirurgia plástica de reconstrução mamária logo após a alta da paciente. Elas sempre lutam por elas.
Associada a todas essas questões está a rotina com filhos, casa, companheiros, compras, dever de casa e tantas outras tarefas que parece que as 24 horas do dia não serão suficientes. Mas mulher é mulher. Com tudo isso, as mulheres não descuidam de si, sempre dão um jeito no cabelo, fazem as unhas, buscam uma roupa bacana e saem por aí. Sabem ser fortes e delicadas, riem e choram, amam e cuidam dos filhos como leoas. Sexo frágil? Só se for pra fazer um charme. É por isso que se diz que todo dia é Dia Internacional da Mulher. Parabéns meninas!
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