Se as pessoas rigorosas soubessem o mal que o rigor lhes fará, procurariam ver os erros humanos de uma forma individualizada e, às vezes, compassivamente. Sim, quem é rigoroso com os outros também o é consigo, e poderá amargar um péssimo final de vida por não se perdoar pelos erros cometidos, incluindo pequenos equívocos.
Quem é rigoroso dá-se mais valor do que realmente tem. Esta é a razão da falta de autoperdão. Associado ao rigor está o orgulho de se achar superior.
O Mestre Chico Xavier conheceu, em Uberaba, um grande estrategista militar reencarnado como uma criança que tinha o hábito de bater a cabeça na parede. Explicava Chico que ele tinha este hábito por ter fracassado numa guerra num erro de estratégia e, por isso, não se perdoava.O orgulho o impedia de ver que todo ser humano é falível.
Todavia, existe o rigor natural daqueles que comandam aprendizes de música, dança, tropas de elites e outros. Nestes casos, o rigor é necessário, embora a grosseria e as humilhações sejam sempre dispensáveis.
Ao se usar de rigor associado com orgulho e desprezo pelo outro, desenvolve-se o magnetismo característico que provoca nos
outros a reação de intolerância. É o magnetismo que cada um carrega pelo o que pratica e pela forma como sente que faz funcionar a Lei de Retorno contra si.
Assim é que os violentos atraem a violência; os falsos, a falsidade; os alegres, a alegria; os discriminadores, a
discriminação; e os amorosos, a gratidão e a amizade.
Quando o Mestre Jesus ensinou a Lei de Atração – \”faça ao outro o que quiser receber\” -, estava falando do magnetismo gerado pela ação que determina a Lei de Retorno beneficiando o autor da ação.
Osho – O Mestre do Século XX
O amigo desprezado
Família – a função de cada um