A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24/11) a Operação Dubai, contra um cartel de combustíveis que agia no Distrito Federal e Entorno. Segundo as investigações, a gasolina era sobretaxada em 20% para os consumidores, o preço do álcool era inflado para evitar sua penetração no mercado brasiliense e o sindicato dos postos era usado no esquema até para “perseguir” os empresários “dissidentes” do cartel. A apuração teve o apoio do Conselho Administrativo de Defesa da Econômica (Cade) e do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
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Veja quem são os presos da operação
Os policiais federais cumprem sete prisões preventivas, 25 conduções forçadas para investigados prestarem depoimento e 44 ordens de busca e apreensão de documentos. As ações acontecem em Brasília, no entorno e no Rio de Janeiro, sede das duas maiores distribuidoras de combustíveis do país.
Os prejuízos totais para os consumidores do Distrito Federal é de R$ 1 bilhão por ano apenas com a principal rede investigada. Ela 1,1 milhão de litros de combustível por dia, com lucros que beiram os R$ 800 mil diário com o esquema, de acordo com a Polícia Federal.
De acordo com a PF, a estratégia era tornar o álcool combustível, o chamado etanol, inviável para o consumo perante a gasolina. “O cartel forçava os consumidores a adquirir apenas gasolina, o que facilitava o controle de preços e evitava a entrada de etanol a preços competitivos no mercado”,explica a corporação. “Foi também a elevação excessiva do preço do etanol que permitiu aos postos do distrito federal cobrar um dos maiores preços de gasolina do país, apesar do Distrito Federal contar com uma logística favorável para o transporte do combustível.”
As contas da PF indicam que a cada abastecimento de 50 litros, o consumidor brasiliense perdia 20% do que pagou, ou R$ 35.
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