A presidente Dilma Rousseff anunciará nesta sexta-feira (2) em Brasília a reforma ministerial do governo. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, ela fará declaração à imprensa no Salão Leste do Palácio do Planalto e não responderá a perguntas.
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Dilma passou as últimas semanas em reuniões diárias com ministros, conselheiros políticos e dirigentes partidários a fim de definir as mudanças no primeiro escalão. Além de recorrer ao vice-presidente Michel Temer e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as alterações, ela escalou ministros para dialogar com as legendas aliadas sobre como cada pasta passaria a ser ocupada.
Anunciada em agosto pela equipe econômica, a reforma administrativa inclui a redução de ministérios e o corte de cargos comissionados. Segundo estimativas do governo, as medidas reduzirão em R$ 200 milhões os gastos da União. Na semana que vem, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentará também em Brasília os detalhes de como a reforma diminuirá as despesas.
Entre as mudanças que são esperadas, estão a ida de Jaques Wagner (Defesa) para a Casa Civil, atualmente chefiada por Aloizio Mercadante, que será deslocado para a Educação; a ida de Ricardo Berzoini (Comunicações) para o novo ministério responsável pela articulação política; e a transferência de Aldo Rebelo da Ciência e Tecnologia para a Defesa.
Conforme mostrou o Blog do Camarotti, os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Celso Pansera (PMDB-RJ) aceitaram na noite desta quinta o convite da presidente Dilma para comandarem os ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia, respectivamente.
Além disso, outra novidade que surgiu nesta quinta foi a ida do atual ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, para o novo ministério que juntará Trabalho e Previdência Social.
Enquanto isso, outros ministros devem permanecer nos atuais cargos: Edinho Silva (Comunicação Social), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Kátia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), entre outros.
Embora o anúncio oficial da reforma ocorra somente nesta sexta, alguns ministros já foram informados por Dilma de que deixarão os cargos: Arthur Chioro (Saúde) e Renato Janine Ribeiro (Educação). Na semana passada, Pepe Vargas (Direitos Humanos) comunicou a assessores próximos que também deixará sua vaga na Esplanada e retomará seu mandato na Câmara dos Deputados.
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Fusões
Parte do corte de ministérios que será anunciado nesta sexta pela presidente passa pela fusão de pastas em um único órgão.
Por exemplo, deverá ser confirmada por Dilma no Palácio do Planalto a junção entre as secretarias de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Políticas para as Mulheres em um novo ministério.
Outra fusão que deve ser anunciada é entre os ministérios do Trabalho e da Previdência Social. Por outro lado, alguns ministérios devem ser extintos, como o da Pesca, que deverá ser incorporada ao Ministério da Agricultura e atualmente é chefiado por Hélder Barbalho, que deve assumir a Secretaria de Portos.
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