O presidente da Terracap, Alexandre Navarro, e a diretora de Regularização Rural da empresa, Fabiana Cristina Tavares Torquato, foram alvos de uma grosseira montagem de suposta troca de mensagens entre eles pelo aplicativo de celular Whatsapp.
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Os textos dão a entender que os dois executivos combinam cobrança de propinas de clientes para dividir entre eles e outros integrantes do Governo de Brasília, além de uma parcela que seria destinada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual é filiado o governador Rodrigo Rollemberg.
As “conversas” foram fotografadas por uma “fonte” do jornalista titular de um blog em um aparelho Iphone 5 colocado sobre a mesa da sala de reuniões da presidência da empresa. As imagens e a matéria com a “denúncia” foram publicadas na quinta-feira (24) pelo blog, causando surpresa e indignação nos dois “suspeitos”.
Navarro e Fabiana Torquato dedicaram toda a sexta-feira (25) a reuniões com funcionários e advogados da Terracap preparando uma resposta à “denúncia” e as peças que protocolaram no período. Eles fizeram uma representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o blog e o jornalista que o dirige; uma queixa-crime na Polícia Federal e uma Motivação de Procedimento Penal no Tribunal de Justiça do DF.
“Eu nunca perdi tempo com esses ratos-humanos, esse lixo de gente. Mas desta vez eles foram longe de mais. Passaram de todos os limites. Vamos exigir todos os esclarecimentos necessários da Justiça e da Polícia até vê-los na cadeia”, disse Alexandre Navarro, com exclusividade, ao Brasília Capital.
Antes de atender nossa equipe, o presidente da Terracap divulgou uma nota aos empregados da empresa e outra à imprensa. Em ambas ele mostra evidências da fraude de que ele e Fabiana Torquato foram vítimas. Entre outros erros grotescos, os fraudadores usaram um iphone 5 como sendo o aparelho de Navarro, quando ele usa um modelo 4. Identificam Fabiana com o nome de “Fabiana PSB”, enquanto na agenda do presidente ela consta como “Fabiana Torquato”.
“Vamos entregar nossos dois aparelhos celulares para serem periciados pela Polícia Civil. Estamos disponibilizando nossos sigilos telefônicos e fiscais para que possam identificar todas as ligações que fizemos, nossa movimentação bancária e nosso patrimônio. Queremos esclarecer isso e identificar os culpados, para que respondam pelo crime que cometeram”, disse Navarro.
Embora sem citar nomes, o presidente da Terracap disse ter indícios de que a montagem contou com a colaboração de funcionários da própria empresa e, provavelmente, de servidores do Governo de Brasília. “Encaminharemos ao MP, à PF e ao Judiciário queixa-crime solicitando as medidas investigativas e judiciais cabíveis a esses canalhas que, infelizmente, se dizem profissionais de jornalismo”, diz a nota distribuída aos servidores da companhia.
O comunicado à imprensa diz que “interesses arraigados não são combatidos sem que se façam contra-ataques. E, muitas vezes, são feitos da forma mais vil possível. Apesar desse tipo de ação, a Terracap vai seguir no bom caminho, combatendo a grilagem e o mau uso de áreas públicas. A atual direção não enterrará o futuro da companhia em interesses escusos e não permitirá a corrupção dentro da empresa”.
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“Identificaremos os autores. E se tiver gente da própria empresa envolvida vamos demitir imediatamente por justa causa”, garantiu Navarro, dizendo que recebeu o apoio e a solidariedade do governador Rollemberg e do PSB. “O governador, evidentemente, está constrangido e preocupado, mas confiante em nossa idoneidade e de toda a diretoria da Terracap”, encerrou.
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