Os cinco distritais do bloco Força e Trabalho não vão engordar o cardápio enviado pelo Palácio do Buriti à Câmara Legislativa propondo que os 24 deputados destinem dois terços do valor de suas emendas parlamentares para a área de Saúde. Na terça-feira (8), o grupo avaliou que as necessidades apresentadas pelo GDF não atendem aos seus anseios e decidiu aplicar os R$ 27 milhões a que tem direito na aquisição de equipamentos de imagem para rede pública.
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Formado pelos deputados Agaciel Maia (PTC), Raimundo Ribeiro (PSDB), Telma Rufino (sem partido), Liliane Roriz (PRTB) e Juarezão (PRTB), o bloco tomou a decisão após conhecer as demandas do Sindicato dos Técnicos em Radiologia. A entidade estima que os R$ 27 milhões das emendas dos cinco parlamentares serão suficientes para adquirir 100 Ecógrafos. O dinheiro também daria para comprar 27 Mamógrafos, que é a necessidade atual de toda a rede pública do DF. Ou, ainda, recuperar inteiramente a Radioterapia do Hospital de Base.
Ainda de acordo com os cálculos da entidade sindical, os recursos poderiam ser aplicados na compra de dois novos aparelhos de Ressonância Magnética. Hoje, a demanda é de, pelo menos, quatro novos aparelhos destes. Eles custam, em média, US$ 3 milhões cada.
Qualquer que seja a opção do GDF, na avaliação do bloco parlamentar, os recursos serão de extrema importância para reequipar as unidades de saúde do DF, que sofrem com a falta desses aparelhos, provocando atrasos em cirurgias, não realização de consultas e dificuldade de diagnostico por parte dos médicos. \”É preciso olhar para essa questão com urgência e com muita atenção e carinho. Nós estamos fazendo isso\”, ressalta Liliane Roriz.
\”É notório que a rede pública está carente de equipamentos de imagem. Diariamente, ouvimos relatos de pacientes que estão na fila aguardando para fazer exames, desde os mais simples, como um raio-x, até os mais complexos, como uma ressonância\”, completa a distrital do PRTB.
Saiba +
Com R$ 27 milhões, o governo poderia substituir todos os aparelhos de raio-x da rede pública pelo raio-x digital, ao custo aproximado de R$ 20 milhões. Neste caso, a Secretaria de Saúde passaria a economizar cerca de 70% do custo com esse tipo de exame, visto que os aparelhos digitais não usam o filme (comprado em dólar), cujo valor do metro cúbico é extremamente oneroso aos cofres públicos.