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A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de “Politeia”, deflagrada na terça-feira (14), esquentou o debate político no Congresso Nacional. A ação cumpriu mandado em seis estados e vasculhou a casa do ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), citado pelo doleiro e delator Alberto Yousseff como um dos integrantes do esquema. No total, foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão nesta nova fase.
Em meio a carros de luxo e outros adereços apreendidos nas casas dos políticos, o procurador chefe da força-tarefa da operação, Deltan Dallagnol, afirmou que as investigações devem durar mais dois anos. Além de Collor, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), o deputados Eduardo da Fonte (PP-PE) e o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Mário Negromonte, foram investigados pela Polícia Federal.
A semana também foi marcada pela acusação mais grave feita ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na qual o consultor Julio Camargo o acusou, em depoimento à Justiça Federal, de ter cobrado propina de US$ 5 milhões. O parlamentar interpretou o episódio como uma articulação do Palácio do Planalto para envolvê-lo no esquema, o que motivou a declarar oficialmente um opositor do governo.