Com poucas razões para comemorar, o presidente Joseph Blatter foi reeleito para o seu quinto mandato da Federação Internacional de Futebol (FIFA) na sexta-feira (29). A confirmação da vitória veio após a oposição, representada pelo príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, desistir da disputa do segundo turno.
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Desde 1998 no cargo, Blatter afirmou que a FIFA não precisa de “revoluções”, e sim, “evoluções”, e destacou o desenvolvimento da entidade nos últimos 40 anos. Maior representatividade entre as federações e permitir que mulheres façam parte delas é a bandeira do presidente. Blatter teve 133 votos contra 73 do jordaniano.
Escândalo
A entidade vive o maior escândalo de corrupção de sua história. Na quarta-feira (27), uma operação da FBI, em parceria com a polícia suíça, prendeu sete dirigentes da FIFA e cinco executivos indiciados por corrupção e extorsão. Entre os detidos, estava o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin.
A investigação gira em torno da escolha das sedes da Copa do Mundo 2018 (Rússia) e 2022 (Catar) e acordos de marketing e de direitos televisivos, que, segundo a BBC, acontece desde 1990 com cerca US$ 100 milhões em propinas. O caso ganhou repercussão com o avanço nas investigações do Departamento de Justiça dos EUA, que indicam que Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, atual e ex-presidente da CBF, teriam recebido a propina de Marin.