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A exposição é uma homenagem da instituição ao centenário de Iberê Camargo, morto em 1994
O Itaú Cultural apresenta, a partir de 27 de maio, As Bicicletas de Iberê Camargo, exposição virtual que o artista gaúcho ganha em plataforma web e mobile friendly, com curadoria do Núcleo de Artes Visuais do instituto, e em parceria com a Fundação Iberê Camargo no domínio sites.itaucultural.org.br/bicicletasdeibere. Com duração prevista de um ano, serão disponibilizadas 56 obras em um conjunto inédito em que aparecem ciclistas e bicicletas, incluindo pinturas, gravuras, desenhos e estudos, datados do final dos anos 1980 até meados de 1990
A exposição é uma homenagem do Itaú Cultural ao centenário de Iberê Camargo, morto em 1994. Além das obras de arte e documentos, a exposição virtual traz 16 fotografias de diversos momentos da vida do artista, complementadas por 10 vídeos, dos quais dois o mostram em atividade e oito são depoimentos de personalidades ligadas ao pintor, tais como o professor e curador independente Marcos Moraes; o artista Eduardo Haesbaert, que foi seu assistente de gravura; a artista visual Regina Silveira, que foi sua aluna de gravura; e Sônia Salzstein, crítica de arte, professora titular de História da Arte da ECA-USP e autora do livro Diálogos com Iberê Camargo.
Sem fugir da linha das exposições tradicionais, As Bicicletas de Iberê Camargo está dividida em quatro eixos: Corpo, Sentidos, Processo e Vida. No primeiro, a figura humana é o assunto central das obras. Nelas, ganha relevo a gestualidade do processo criativo do pintor em trabalhos do final da década de 1980, nos quais problematiza o corpo como máquina e desperta outras reflexões. Aqui é possível visualizar quadros das importantes séries Ciclistas e Tudo Te é Falso e Inútil, e obras como Manequim e Ciclista (1992), e a dramaticidade tão frequente nesta fase de Iberê vista em Mulher e Manequim (1991).
Sentidos, o segundo eixo, apresenta interpretações de estudiosos, curadores e críticos apontando para um entendimento sensorial e emocional da produção do artista. Alinhavados por palavras aleatórias como morte, vazio, carne, realidade transfigurada e outras, surgem aqui as telas A Idiota (1991), Ciclista (1990), Mulher de Bicicleta (1989) e tantas outras que, de alguma forma, carregam em si a intensidade e sobriedade características de Iberê Camargo.
Processo, o terceiro passo, joga luz nas diversas etapas de criação do artista com uma seleção de rascunhos, desenhos de observação e gravuras – todos pouco exibidos ao longo de sua carreira. Entre as obras, Ciclista 3 (1991) e estudos originais em traços de caneta esferográfica e nanquim sobre papel apresentados com nitidez. Por fim, na seção Vida, As Bicicletas de Iberê Camargo revela, em tom intimista e por meio de retratos os espaços do ateliê de Iberê Camargo, a sua relação com outros artistas e outros pontos importantes de sua biografia
Serviço – Exposição Virtual “As Bicicletas de Iberê Camargo”
sites.itaucultural.org.br/bicicletasdeibere
Projeto: Itaú Cultural com apoio da Fundação Iberê Camargo
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