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Apesar de o número de novos casos semanais confirmados de ebola ter ficado abaixo de 100 pela primeira vez desde junho de 2014, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), cientistas que acompanham a evolução do surto na Guiné dizem que o vírus sofreu uma mutação e pode ter se tornado mais contagioso.
De acordo com a OMS, na semana até 25 de janeiro foram constatados 99 novos casos, e o fim do surto teria começado. No entanto, pesquisadores do Instituto Pasteur, na França, monitoram as mutações do vírus e tentam descobrir se a doença está sendo transmitida mais facilmente de pessoa para pessoa.
Os cientistas foram os primeiros a identificar a epidemia, em março do ano passado, e estão analisando centenas de amostras de sangue de pacientes.
– Sabemos que o vírus está mudando bastante. Isso é importante para o diagnóstico (de casos novos) e para o tratamento. Precisamos saber como o vírus (está mudando) para fazer frente ao nosso inimigo – disse o geneticista Anavaj Sakuntabhai à BBC .
Assim como o HIV e o H1N1, o ebola é um vírus de RNA, com uma elevada taxa de mutação. Isso o tornaria mais adaptável, aumentando o potencial de contágio.