A decisão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de dividir Ceilândia em duas administrações regionais foi muito mal recebida pela sociedade local. No domingo (25), diversas entidades farão uma manifestação em frente à feira central, a partir das 10h, contrária à medida. “Ceilândia é indivisível”, brada o presidente da Associação das Empresas do Setor Industrial (Assedic), Rogério Samir Ribeiro, que adotou a frase como slogan.
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O presidente do diretório do PSB de Ceilândia, empresário Paulo Florentino, que estava cotado para ser administrador da cidade, considera desnecessária a divisão em administrações distintas para Ceilândia Sul e Ceilândia Norte (leia matéria nas páginas 4 e 5). “Parece que foi feita para arrumação política, quando, na verdade, deveria ser para atendimento das demandas da população. Em minha opinião, não precisaria dividir”, diz ele.
Rogério Samir e Paulo Florentino concordam com a ideia de criar uma subadministração para atendimento e apoio aos condomínios Sol Nascente e Por do Sol, que têm mais de 200 mil habitantes e problemas estruturais específicos, diferentes dos demais setores de Ceilândia. “Isso seria viável”, dizem.
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Rollemberg suspende a divisão da Ceilândia
O ex-administrador regional Ari de Almeida também é contrário à medida do GDF e se engaja no movimento comandado pelo líder comunitário José Beni. “Quem ama Ceilândia de coração, não divide”, é o lema do grupo, que associará ao ‘Ceilândia é indivisível”.
Além deles, marcarão presença diversas prefeituras comunitárias, representantes de igrejas e associações de moradores. Todos levarão bandeiras, camisetas e adesivos. “Usaremos carros de som para chamar a atenção das pessoas e atrair quem estiver na feira”, adianta Roigério Samir.
Morador do setor P-Sul, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) promete participar ativamente do movimento das entidades comunitárias e colocará a estrutura de seu gabinete à disposição dos organizadores. “Ceilândia é uma. Ninguém vai dividir a nossa cidade por decreto. Isto é uma irresponsabilidade”, afirma o parlamentar.
No entendimento de Rogério Samir, “o GDF está fatiando Ceilândia para fazer negociação política”. Para ele, “não estão pensando em quem mora, produz e gera emprego”. E finaliza: “a cidade cresceu, mas nem por isso deve ser dividida. O que precisa é de uma administração estruturada e gerida por pessoas competentes e que queiram o bem da população. Por isso não aceitaremos essas medidas politiqueiras”.