Gustavo Goes
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Nos últimos sete anos, o Natal ganhou novos ingredientes. Além da tradicional árvore, a ceia e a troca de presentes, muita diversão e música fazem parte da nova realidade, longe das monótonas reuniões em família. O Natal também já faz parte da balada. Ou seja: o calendário de eventos não para nem no feriado religioso.
Ao contrário das festas em fim de semanas tradicionais, que geralmente começam às 22h, os eventos na noite de natalina têm previsão para começar mais tarde, depois da ceia. É a combinação perfeita para as festas de madrugada que não comercializam comidas, apenas bebidas. De barriga cheia após a comilança de pernis, perus, chesters, rabanadas e outras guloseimas, ninguém se preocupa com a falta de comida na continuação da noite.
Para Ricardo Pereira, organizador do Festival Anual Natalino de Samba (FANS) e que há sete anos faz eventos nessa data, admite que a procura é grande. “Esperamos em média de 600 a 700 pessoas, que foi o público no ano passado, quando o evento ainda era chamado de Deu Samba de Natal. O pagode começa à 1h e só termina de manhã”, explicou.
Por mais irônico que a frase possa soar, para quem não gosta de pagode, a música eletrônica invade a noite natalina da capital. A festa 4 é melhor conta com 8 DJ’s e, apesar de não ter previsão de público para o Natal, sua última edição contou com 4 mil pessoas. Segundo o organizador Éverton Lopes, foi o próprio público que pediu uma nova edição na noite de Natal. “Trabalho há sete anos em festas na noite natalina. Já estou acostumado com isso. Minha ceia acontece às 20h”, brincou.
Os baladeiros de plantão já têm o local certo para estrear as roupas que ganharam de presente de Natal. “É desembrulhar o presente e estrear na balada pós-ceia”, disse o estudante Lucas Oliveira. Ele garante que não ficará em casa após a reunião com a família.