A Polícia Civil deteve na manhã desta sexta-feira (24) três dirigentes de uma instituição de assistência social suspeitos de desviar pelo menos R$ 2,5 milhões de contratos feitos com o governo do Distrito Federal. A entidade mantém convênio para gerenciar três creches e um centro profissionalizante em Samambaia e no Recanto das Emas, que atendem 850 crianças e adolescentes. De acordo com o delegado Fernando Cocito, apenas 14% das 3.577 mil notas fiscais apresentadas por eles eram verdadeiras.
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O inquérito foi aberto em 2010, depois de promotores do Ministério Público suspeitarem de compras volumosas feitas em supermercados e bares no período entre 2003 e 2009. Neste período, a instituição recebeu R$ 8,5 milhões do GDF. Um quarto dirigente suspeito de cometer o crime não foi conduzido à delegacia por estar com problemas de saúde.
A polícia chegou a pedir a prisão temporária e indisponibilidade de bens dos quatro dirigentes, mas teve o pedido negado na Justiça. A autorização foi apenas para condução coercitiva, quando o suspeito é levado por agentes para prestar depoimento, e apreensão de computadores pessoais.
A corporação investiga ainda se há mais envolvidos no esquema e se houve outros desvios. O delegado informou que os suspeitos vão responder por associação indébita e formação de quadrilha. A operação foi batizada de Matriarca.