O ex-governador José Roberto Arruda e seus aliados têm um prazo de cinco dias para decidir se o candidato do PR continua na campanha ou se o grupo vai escolher um novo cabeça de chapa para concorrer ao governo. Ontem, Arruda perdeu em uma de suas principais frentes de batalha jurídica para tentar permanecer na corrida eleitoral. Por três votos a um, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso da defesa do ex-governador, em que ele tentava suspender uma condenação por improbidade administrativa. Arruda alegava que o juiz Álvaro Ciarlini, responsável pela decisão em primeira instância, seria suspeito para julgar processos relativos à Operação Caixa de Pandora. Com um pedido de vista, o Tribunal Superior Eleitoral adiou a análise de recursos ontem contra a impugnação da candidatura de Arruda, aumentando o clima de incertezas na campanha (Leia mais na página 18).
Aliados do ex-governador não acreditam na possibilidade de ele se livrar de todos os empecilhos jurídicos até o próximo dia 15, quando termina o prazo para uma eventual substituição do cabeça de chapa. Arruda afirma que “vai até o fim”, ou seja, garante que pretende recorrer até o Supremo Tribunal Federal para continuar na briga pelo Palácio do Buriti. Mas os apoiadores da aliança temem um desgaste para o grupo.
Entre os citados como possíveis substitutos do ex-governador na chapa estão o vice, Jofran Frejat (PR), o candidato ao Senado do grupo, Gim Argello (PTB), o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM), e a mulher de Arruda, Flávia Peres. No último fim de semana, o ex-governador Joaquim Roriz (PRTB) elevou a polêmica ao declarar, em seu primeiro discurso público desde 2010, que a filha Liliane Roriz (PRTB) está “pronta para ser governadora”.