O governador Agnelo Queiroz vai lançar ainda este ano o edital de licitação da Via Interbairros. O novo corredor terá 22 quilômetros de extensão, ligando Samambaia ao Plano Piloto, passando por Taguatinga, Águas Claras e Guará. O anúncio foi feito na quarta-feira (16), durante encontro com empresários filiados à Associação Comercial e Industrial de Águas Claras (Aciac).
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Presente à reunião, o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fausi Nacfur Júnior, confirmou ao governador que os estudos estão prontos e que a obra está estimada em R$ 500 milhões. Segundo ele, a construção da Interbairros desafogará o trânsito em outras duas pistas que, atualmente, estão saturadas nos horários de pico – as Estradas Parques Taguatinga (EPTG) e Núcleo Bandeirante (EPNB).
Na manhã de trabalho com o governador – foram três horas de discussões e explanações sobre as principais demandas dos empresários de Águas Claras e do Distrito Federal como um todo –, o presidente da Aciac, Valdecir Machado, entregou uma lista com onze reivindicações. Agnelo as recebeu como uma contribuição para melhorar o desempenho do GDF ainda este ano e para o seu Plano de Governo com vistas à reeleição.
O empresário Jonas Lessa, candidato a deputado distrital pelo PPL, pediu mais segurança e melhorias na infraestrutura das Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADEs) de Águas Claras e do Núcleo Bandeirante. O anfitrião do encontro, Gilberto Rossi, presidente das Indústrias Rossi de Componentes Eletrônicos, reclamou do excesso de burocracia do GDF para atender às demandas do setor produtivo. Ele criticou o Ministério Público e os órgãos de defesa do meio ambiente pelas excessivas exigências, que acabam inviabilizando muitos negócios.
“Gostaria de desafiar essa gente a tentar sobreviver pelo menos um dia gerenciando uma banca de bananas na feira. Talvez assim eles sentissem as dificuldades porque passam os empreendedores nesta cidade”, disse Rossi. O empreiteiro Rubens Branquinho contou que já construiu 29 prédios em Águas Claras e, recentemente, precisou esperar mais de um ano pela Carta de Habite-se de um de seus prédios, o que lhe acarretou pesados prejuízos.
Agnelo ponderou que tem se esforçado para reduzir a burocracia no GDF, mas que existe também uma legislação federal a ser cumprida. Quanto aos órgãos ambientais e ao Ministério Público, o governador propôs que se crie uma força-tarefa reunindo todos os segmentos envolvidos – além do empresariado, os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo – para buscar soluções efetivas visando a desburocratização do atendimento ao setor produtivo.
Albergue será desativado
Uma das principais reivindicações apresentadas pelo presidente da Aciac, Valdeci Machado, foi a desativação do albergue que funciona no Areal. A instituição recebe moradores de rua e pessoas em trânsito, mas se transformou num grande foco de marginalidade e de críticas de moradores e comerciantes vizinhos.
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A entidade representativa dos empresários sugeriu que a área de 60 mil metros quadrados receba equipamentos públicos como uma escola de segundo grau, um hospital e um campi da Universidade de Brasília (UnB).
A ideia foi abraçada imediatamente pelo deputado federal e candidato ao Senado, Geraldo Magela (PT). “Precisamos iniciar imediatamente os estudos para descentralização das atividades desse albergue, a exemplo do que fizemos com o Caje da Asa Norte”, afirmou Magela, que logo em seguida foi apoiado pelo governador Agnelo Queiroz e pelo candidato Jonas Lessa, um dos líderes do movimento pela retirada do albergue do Areal.